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terça-feira, 28 de maio de 2013

Indiferença

Tenho andado tão indiferente e tão apático que quase morri e nem me importei. Quando o carro derrapou na pista molhada e caiu no barranco, tudo o que me importou foi a vida do bebê no banco de trás. Maldito motorista que corria.
Continuei esperando até chegar a hora. Segurei-me em alguma coisa e puxei o bebê para junto de mim, tudo em uma velocidade espantosa. Foi como se tudo estivesse acontecendo de maneira extremamente lenta e eu tivesse tempo de fazer muita coisa.
Tanta coisa para lembrar antes de morrer e fui lembrar justamente do evento que me levou à desgraça. Bem, não importa. O bebê não tinha de sofrer por causa de minha indiferença. Ele precisava sobreviver.
Não me importei com as outras pessoas dentro do carro. Apenas com o bebê. Por quê? Eu não sei.
O carro caiu com as rodas para o alto, amassando o teto contra minha cabeça. Pude sentir a dor intensa de meu pescoço sendo empurrado violentamente para baixo, obrigando-me a ficar em posição fetal para que minha coluna não se partisse em dez. Tudo ficou negro.
"Um choro. Eu estou escutando o bebê chorar? Então, ele não morreu! Que bom... Espere, eu estou vivo?"
Abri meus olhos que doíam muito. Tentei mover meu pescoço e percebi que não estava quebrado. Não que eu me importasse. Mas, o bebê estava vivo e eu precisava tirá-lo dali.
Abraçado contra meu peito, ele chorava muito e lutava para se mover. A porta do carro estava amassada, impossível de ser aberta por dentro. O cinto de segurança não deixava eu me mover. Consegui soltá-lo. O vidro da frente havia se quebrado bastante. Então, era esse o motivo de meu rosto estar molhado... Não era suor. Era sangue. Enquanto segurava o bebê com uma mão, usei a outra para tirar os cacos de vidro do capô. Ali era a saída.
Coloquei o bebê do lado de fora e saí, logo em seguida. Descobri que o carro estava afundando no rio. E minhas pernas estavam amassadas, inúteis.
Havia algumas pessoas penduradas em uma corda no barranco. Pareciam vir em direção ao carro.
O carro começou a se mover com a correnteza. Afinal, havia chovido e o rio começava a ficar forte. Não pensei duas vezes. Peguei o bebê e o atirei com todas as minhas forças para as pessoas na corda.
Uma mulher, que estava na parte mais baixa da corda, agarrou o bebê e o passou para o homem de cima. Fizeram isso até o bebê chegar a salvo na estrada.
Minha missão estava cumprida. Sorri para a mulher e gritei "obrigado!".
O carro foi levado pela correnteza. E minha indiferença continuou até tudo ficar escuro outra vez. Dessa vez, sem um choro infantil para me acordar.

domingo, 26 de maio de 2013

Problemas em A Escolha do Herói

Confesso: estou com alguns problemas em relação a como prosseguir essa história.

Já tenho muita coisa em minha cabeça, mas não consigo colocar no papel de maneira adequada.

Enquanto escrevo, preciso fazer uma revisão do que foi revelado nos outros capítulos para não cometer a gafe de fazer referência ao que não foi mostrado.

Estou com um certo problema em relação à localização também. Tenho um mapa em mente de onde acontece a história. Até o fiz como um esboço/rascunho bem mal feito em um caderno, só para não perder a referência. Mas não estou conseguindo explorá-lo direito. Alguns lugares parecem estar perto demais de outros. Assim, o tempo de viagem entre um lugar e outro está começando a perder o sentido.

Enfim, preciso de um pouco de tempo e ânimo para dar uma reorganizada na história toda e acredito que isso não vá acontecer agora.

Como não quero que essa história vire uma história ruim, cheia de erros, incoerências e falta de carisma, vou trabalhar duro nela. Então, o próximo capítulo pode demorar um pouco mais do que os outros. Aliás, os próximos capítulos com certeza vão demorar mais que os já escritos.

E quanto aos capítulos já escritos, não vou fazer nenhuma alteração. Apenas farei uma revisão ortográfica.

É isso.

A Escolha do Herói, Capítulo 4 - Céu (continuação 4)

            –– Começo a entender. Mais uma vez, surpreendestes a este espadachim com tua sabedoria.
            –– Devo lhe alertar, Andon. Evite passar pelos Campos Dourados.
            –– Devido aos lobos de Vallad?
            –– Exato.
            –– Sei que são bastante perigosos, mas desconheço-os completamente. Pelo nome, percebi a ligação com o antigo Vallad.
            –– Sim. São descendentes de Vallad. Mas, diferente desse antigo mal, os lobos não têm inteligência estratégica. Claro, como são lobos, vivem como lobos: caçam em bando e fazem de tudo para proteger a matilha. Mas, são extremamente fortes.
            –– Lembrar-me-ei de vossas palavras, Chefe Opal. Agora, preciso ir. Aron estás a me esperar. A propósito, poderias emprestar-me um cavalo?
            –– Sim, havia me esquecido. Peça a Aron para passar no estábulo antes de irem. Tomem cuidado. Corra com coragem debaixo desse céu tão azul – Opal finalizou a conversa, mostrando que conhecia a antiga despedida dos companheiros militares do reino de Andon.
            Surpreso, Andon, que já estava na porta, olhou para Opal novamente e respondeu.
            –– Caminhe com cuidado debaixo desse céu tão azul.
            Saiu da casa de Opal e dirigiu-se à casa de McGailor. As moradias eram próximas e Andon não se demorou muito. Aron o aguardava ao lado de fora da casa.
            –– Podemos ir agora, Espadachim?
            –– Sim, podemos. Iniciemos nossa viagem.
            –– Você precisa de um cavalo antes. Vamos. O estábulo é por aqui – Aron virou-se e Andon o seguiu.

A Escolha do Herói, Capítulo 4 - Céu (continuação 3)

            –– Eu lutei na Grande Guerra de 40 anos atrás, e conheci os três guerreiros, hoje lendários, Blaze, Klaus e Rayclano.
            –– Então, conhecestes mestre Blaze... Eu sempre ouvi histórias sobre essa Grande Guerra.
            –– Sim... Conheci e, acredito, em sua melhor forma. Ele dominava a espada como ninguém, e tinha um poder sobrenatural que deixava sua espada em chamas.
            “Ele deve estar falando do Jekyll, um dos segredos da arte perdida de Lashton”, pensou Andon.
            –– Gostaria de tê-lo visto lutando.
            –– E eu gostaria de nunca tê-lo visto lutando. Você não conheceu o horror que a Grande Guerra causou ao mundo. Por 10 longos anos, o mundo era apenas um pedaço de caos, devastado e sem muita esperança. Acredito que, pela sua idade, você deva ter visto um pouco do que falo.
            E realmente o vira. Andon, apesar de tudo, crescera aprendendo a sobreviver com os poucos recursos que tinham no mundo. A Grande Guerra não abalara apenas a terra e as cidades. A política e o comércio do mundo também oscilavam e ainda geravam conflitos. Por isso, fora treinado desde pequeno em artes bélicas. Quando há poucos recursos, nunca se sabe quando um lugar com pouco poderá atacar um lugar mais próspero.
            –– Nós conseguimos vencer a força devastadora que ameaçava a paz de todo o mundo – Opal continuou a história. –– Seu nome era Vallad.
            –– Sim... Ouvi muito esse nome.
            –– Você sabe por que a arte marcial de Lashton é chamada de “arte perdida”?
            –– Acredito que seja pela sua rara aparição em batalhas.
            –– Pois está muito além disso. Lembra que mencionei os poderes sobrenaturais de Blaze?
            –– Sim.
            –– Eles eram concedidos por uma certa entidade, chamada de Jekyll. São guardiões espirituais que poucas pessoas têm. São herança da arte perdida.
            –– Conheço o fato. Mestre Blaze contou-me sobre isso e disse, também, que não são todas as pessoas que, apesar de também possuírem um Jekyll, conseguem contato ou usufruir dos poderes. Mas, não compreendo aonde queres chegar, Chefe Opal.
            –– A arte perdida de Lashton vai além da luta corpo-a-corpo e dos Jekyll. Ela possui mais segredos pelo mundo que, de tão bem escondidos, foram considerados perdidos. Há relatos de vários praticantes da arte que buscaram seus segredos por grande parte do mundo e não conseguiram quaisquer resultados.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Capítulo 4 - Para Sempre

Essa história possui duas rotas distintas. Foi quando chegou-se a uma bifurcação e teve-se de escolher um caminho. Esse é o segundo deles.



Pouco depois de ter desmaiado, consegui recobrar a consciência. Ainda não sei bem como. Talvez fosse minha força de vontade, dizendo que o caminho ainda deveria ser seguido. Talvez fosse minha esperança, dizendo que ainda havia alguém para retornar.

Ajoelhei-me com algum esforço e olhei à direção de onde a flecha partira. Havia alguém lá. Mas, era alguém familiar...

"Não, não pode ser. Isso não pode estar acontecendo!", pensei, ao reconhecer a pessoa que me alvejara.

Era ela. Era a pessoa a qual eu acreditava que poderia retornar. Com essa visão, minha esperança se foi. Minha vontade acabou.

Ela tinha lágrimas nos olhos, mas virou-se de costas e correu. Não me deu explicações. Quando ela sumiu de minha vista, perdi todas as forças que me mantinham ajoelhado.

Minha mente ficou confusa demais para se lembrar de respirar. Minha alma foi manchada novamente pela solidão. Meu coração parou de bater. E minha consciência se apagou outra vez... para sempre.

Capítulo 4 - Esperança

Essa história possui duas rotas distintas. Foi quando chegou-se a uma bifurcação e teve-se de escolher um caminho. Esse é o primeiro deles.



Pouco depois de apagar, consegui recobrar a consciência. Ainda não sei bem, como. Talvez fosse minha vontade de seguir em frente. Talvez fosse a motivação de voltar para alguém que me espera.

Olhei à direção a qual a flecha viera. Havia um homem encapuzado, sorrindo. Eu sabia quem era... Era o conspirador. O homem por trás da queda de meu exército e de minha prisão. Eu precisava pegá-lo.

Com a espada ainda em mãos, apoiei-a no chão e levantei-me. Mas a dor era forte demais e caí novamente.

"Droga, esse será o fim? Eu ainda não posso morrer... não aqui. Não sem vê-la antes."

Para minha surpresa, o homem, que antes sorria, agora estava caído. Ao lado dele, estava uma pessoa parada, me observando. De súbito, correu ao meu encontro. Sim, era a pessoa a qual eu estava voltando.

"Aguente firme, soldado. Ou melhor, rei.", ela disse, me pegando nos braços.

Era minha Rainha.

Ela retirou a flecha de meu peito e, rapidamente, pronunciou algumas palavras mágicas que fizeram o sangue estancar. Mas eu ainda precisava de cuidados.

"Nós vamos voltar juntos.", ela disse, me colocando em seus ombros. Sim, ela é espantosamente forte.

"Sim, vamos juntos. E obrigado", eu disse. "Você é sempre a minha esperança."

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Capítulo 3 - Incertezas

Logo que saí do calabouço, vi um grande corredor de pedra com um portão de grades ao final. Andei cautelosamente até chegar ao portão. Empurrei. Para minha surpresa, o portão abriu-se sem grandes dificuldades.
Olhei para todos os lados e me vi livre. Sim, estranhamente livre.
"Se me capturaram, deviam haver outros guardas por aqui. Onde estão?", pensei, ainda observando os lados.
A construção onde eu estava era apenas aquilo: um portão de entrada, um corredor de pedras e um calabouço ao fundo.
Por um momento, respirei fundo e ampliei minha audição para tentar perceber algum barulho humano. Nenhum. Comecei a correr.
"Espere, eu nem sei onde estou."
Essas incertezas me jogaram em um poço de pensamentos que abriram brechas para um inimigo à espreita. Ele me acertou com uma flechada na altura do peito. Minha consciência se apagou.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Capítulo 2 - Alguém para Voltar

Logo após tomar a espada do guarda, o rendi e bati em sua cabeça com o punho da espada. Ele caiu desmaiado.
Procurei a chave do cadeado das correntes no bolso de sua jaqueta. Enfim, livre.

"Mas, meu exército... onde está meu exército? Deveriam estar aqui. Só agora percebo que estou sozinho. Por quê?", pensei.
"Meu exército... foi destruído. É verdade. Agora me lembro".

Meu corpo começou a tremer. Não conseguia mais segurar a espada com mãos firmes. Faltava-me ar. Sim, eu estava entrando em choque traumático. A força estrondosa de quando algo antes escondido ressurge das cinzas, como uma lembrança bloqueada.

Olhei para minhas mãos trêmulas. Tentei respirar fundo. Acalmei-me. Amarrei o guarda com as correntes, peguei a espada do chão e olhei para a porta de madeira pesada que se encontrava ao final da escadaria. Aparentemente, estávamos no sub-solo.

- Preciso seguir em frente. Posso ter perdido meu exército e, talvez, minha vontade. Mas, ainda há alguém que espera por mim. Ainda há alguém para quem voltar.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Capítulo 1 - Eu Ainda Estou de Pé

- Caminhe, soldado. Ou melhor, escravo.

Essa foi a frase que me acordou em meio à noite chuvosa de hoje.
Meu exército perdera a batalha e fomos capturados como escravos. Vidinha miserável essa.

- O que você está olhando?! Ande logo, escravo! Você já perdeu. Agora só resta aceitar sua condição.
- Eu não sou seu escravo.

Lembrei-me de minha arma secreta: o pulo duplo das botas de Ragnar. Logo, levantei-me e consegui dar um pulo, apesar das correntes. Ainda no ar, o surpreendi com o segundo pulo. Atônito, o homem que me acordara baixou a guarda e consegui roubar-lhe sua espada.

- Não subestime um soldado do reino Duplo. Eu ainda estou de pé.

domingo, 5 de maio de 2013

Laços de apelidos

Não sei se é só comigo, mas sempre achei que chamar alguém por um apelido confere uma certa intimidade. Principalmente quando é um apelido onde apenas duas pessoas se chamam.

Um bom exemplo são os apelidos de casais. Geralmente são apelidos bem íntimos, onde só os dois têm conhecimento da existência desses apelidos e, consequentemente, só o casal os utiliza.

Sinceramente, eu amo quando alguém me coloca um apelido íntimo assim. E amo saber que posso colocar um apelido íntimo também. Que será uma coisa só entre eu e a pessoa... algo como um laço profundo.

As palavras têm bastante poder. Quando são palavras que dão nomes, são mais poderosas ainda.
Chamar alguém de "amor", por exemplo, não devia ser tão comum como é hoje... Sim, eu sigo a moda mais antiga de apenas chamar de "amor" alguém realmente importante para mim, como minha Dama. Pretendo continuar assim, pois acredito que não se deve chamar qualquer um dessa maneira... Parece até que as pessoas se esqueceram do significado de "amor".

Acho interessante também os sufixos adicionados aos nomes japoneses. Chamar alguém, por exemplo, de "Fulano-chan", significa que você tem uma grande intimidade com esse Fulano. O sufixo -chan pode significar diminutivo do nome (seria algo como "Pedrinho") ou apenas intimidade. Há um terceiro significado, mas não se aplica à ideia dessa postagem.

Por isso, se eu chamar alguém e adicionar o sufixo -chan ao final, pode ter certeza que é por eu ter um grande apreço a essa pessoa.

Enfim, sempre achei interessante a maneira das pessoas mostrarem intimidade através de apelidos... Muitas vezes são apelidos simples, mas têm sempre uma ligação... têm sempre um certo carinho.

Expressão

É esquisito como algumas palavras, ou a falta delas, podem mudar totalmente o dia de alguém. Acho isso interessante...
Mas, é poderoso demais para lidar. É difícil. Muitas vezes as palavras ditas podem não ser bem aceitas... Assim como a falta dessas palavras pode causar um vazio imenso. É necessário muito cuidado.

Nessas horas, me pego confuso e perdido, sem saber para qual lado caminhar... sem saber, sequer, se devo caminhar.

O que eu devo fazer?
Quero ter o poder para mudar o dia de alguém, mas não sei bem como fazê-lo.
Alguém aí, por acaso, quer me dar uma luz?
Dicas... deem dicas! Serão muito bem aceitas e farei o possível para executá-las.

Obrigado.

A Escolha do Herói, Capítulo 4 - Céu (continuação 2)


            --- Oh, quase me esqueci.
            Andon voltou-se a Viena e a surpreendeu. Ela logo abaixou o rosto para esconder suas lágrimas.
            --- Talvez nos encontremos novamente, Viena. Talvez não. Leve isto contigo, aonde quer que vá. Poderás me mandar uma mensagem com isso.
            --- Então, ainda guardas algumas relíquias do antigo reino. Tudo bem. Guardarei comigo. Acredito que devas levar algo para me contatar também.
            Ambos trocaram suas relíquias de comunicação e Andon despediu-se outra vez.
            Enquanto Andon procurava por Opal, para que pudessem trocar conhecimentos, Aron conversava com um amigo curandeiro. Dava instruções de como as ervas colhidas deveriam ser usadas nas enfermidades.
            --- Lembre-se de fazer apenas uma infusão. Ferva a água e jogue as ervas depois. Tampe e reserve por 15 minutos. Depois, distribua às pessoas para que lavem as manchas com essa água --- explicava Aron.
            --- Esqueceu-se de quem lhe ensinou a técnica de infusão, meu caro amigo? --- disse o amigo, sorrindo.
            --- É verdade. Desculpe! Bem, não custava lembrar! --- Aron riu --- Espero, sinceramente, que consigamos resultados positivos com a aplicação dessa erva...
            --- Você é um dos melhores curandeiros de nossa vila, e esteve estudando essa enfermidade por meses. Confio em você. Confiamos em você.
            --- Obrigado.
            Oh, sim... Parece que esqueci-me de um detalhe: como Aron conseguira as tais ervas. Bem, deixemos isso para um momento mais oportuno. Voltemos à vila Arqueária.
            --- Ei, quem é aquele homem de cabelos longos, portando espadas? É um samurai?
            --- Talvez seja do exército que está ao lado de fora da vila.
            Andon, até deixar a presença de Viena, não havia percebido. Ninguém o conhecia ali. Esteve na companhia de Aron o tempo inteiro e não pretendia prolongar sua estadia ali. Mas, agora, estava sozinho em território parcialmente desconhecido.
            --- Eu sou um amigo de Aron McGailor --- Andon respondeu para os dois homens que cochichavam. --- Estou procurando por Grande Chefe Opal. Ele disse que iria a uma estalagem. Poderiam, por gentileza, informar-me onde essa estalagem fica?
            Os dois homens o olharam com desconfiança por um momento. Mas, mesmo que ele fosse pertencente ao exército de fora da vila, Opal havia dado a ordem para que os recebessem. Além do mais, ele parecia um dos oficiais do exército.
            --- Siga 100 passos para lá e verá uma construção azul-celeste, parecida com essa casa --- um dos homens apontou para uma grande construção atrás de si.
            --- Obrigado pela valiosa informação.
            “Então, o mundo tem andado mais desconfiado... Finalmente aprenderam”, Andon pensava enquanto se dirigia à estalagem.
            Chefe Opal acabara de fazer os últimos acertos com o dono da estalagem e deixava o local. Encontrou Andon parado à frente do local.
            --- Bem, imagino que tenha vindo saber de mais algumas informações.
            --- Sim... O senhor está certo. Sinto tua grande sabedoria. E quanto ao exército de Viena, de certo não trará problemas.
            --- Agradeço o voto de confiança para conosco. Pois então, Herói, o que deseja saber?
            --- O necessário.
            Os dois voltaram à casa de Opal para conversarem. Opal dera a ordem definitiva para que o exército de Viena se instalasse na estalagem.
            Chegando, sentaram-se à sala de visitas e começaram a conversar.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Livro Apreciado 02 - Ônix (A Saga do Novo Tempo)

Dando continuidade à "série" que iniciei nesse blog, agora com o livro Ônix, de William Morais.

Ônix
Fonte: A Saga do Novo Tempo, 2011.




A Saga do Novo Tempo conta a história de um mundo além do mundo, de um tempo além do tempo, onde as tecnologias foram abandonadas para evitar mais conflitos que uma vez levaram o mundo à ruína.

O livro Ônix é o primeiro dessa história, e conta a história de Ônix Pedra-Negra, um dos maiores piratas de seu tempo. No entanto, não pensem que é mais uma história comum de piratas, mocinhos e heróis. Pois, não é.

Ônix vai muito além. É um exímio espadachim, profundo conhecedor das artes de beber Rum, simpático e mulherengo. Mas o que realmente o torna um poderoso inimigo é uma das armas mais antigas de toda a sociedade: a inteligência. O esperto consegue domínio sobre o forte. O inteligente consegue domínio sobre o forte, sem que o forte perceba.

Ônix Pedra-Negra atravessa continentes em busca de resolver mistérios e de descobrir outros. Ora sozinho, ora em companhia, sempre acaba entrando de cabeça nas mais diversas situações e enrascadas possíveis.

O final desse livro é, como eu disse ao próprio William, uma quebra de realidade: a história vai progredindo de maneira empolgante, passando pela aventura absurda e pelo excelente humor, rumo ao épico. Quando vai chegando à parte épica, a história simplesmente dá um salto, mistura tudo, enche nossas cabeças de perguntas como "Mas, o que esse cara está fazendo com o livro? De onde ele tirou isso?" para, mais à frente, o elemento épico ressurgir muito mais forte do que antes e simplesmente finalizar a história, deixando um ar de continuação para uma história ainda maior e mais abrangente, cada vez melhor.

Agora, em 2013, o livro Ônix ganhou uma versão estendida que, infelizmente, ainda não adquiri. Juntamente com essa versão estendida, foi lançado o livro Dáverus, que não é uma continuação de Ônix, mas faz parte do mesmo universo.

Acompanhem!




Espero que gostem.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Ambas e Mútuas - Vico Almeida

Não sei de outras cidades, mas em Belo Horizonte há um projeto de "leitura para todos". Nos ônibus, há pequenas placas penduradas nos assentos, frente e verso. De um lado, tem um texto que pode ser uma história, fábula, crônica ou qualquer coisa do tipo. Do outro, há um poema. Sempre assim.
Hoje, por curiosidade, resolvi ler o poema do meu assento... E me deparei com isso. Pequeno, simples, profundo e belo.




A vida não teria sentido,
se não encontrássemos outra pessoa.
Alguém para dividir a própria vida,
lapidando as existências ambas e mútuas.
Por que quando se resolve dividi-las,
aumentamos o número em unidade.
Se éramos um, passamos a ser dois,
se já somos dois, passamos a ser mais, depois.
Parece uma soma, ou uma multiplicidade
mas na realidade é a pura divisão do ser.


Vico Almeida

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Entra Maio

Fiz uma média de postagens minhas nesse blog, por curiosidade.
Em 22 meses (excluindo Dezembro de 2009 e Abril de 2013), deu uma média de 2 postagens e meia por mês.
Dezembro de 2009 foi o mês em que iniciei o blog. Foi o mês em que peguei muitas coisas minhas de uma vez e postei.
E Abril de 2013 foi o mês em que mais postei em todo o blog: 30 postagens. Putz, 30 postagens? Isso é coisa demais! Mas, por que essa chuva de postagens?

Teve alguém que ficou me empurrando. Sim, literalmente falou "Não vai escrever não? Quero ler! Você está me atrapalhando não escrevendo! Então, escreva logo!"

Sim, a escritora do blog Flores de Vidro é bem exigente! Ela briga comigo quando relaxo e deixo de escrever... Bom, está aí o resultado: uma subida exponencial nas postagens! Obrigado, Camila!

Como dito na postagem "Vida de Casal", o blog Noite Pensante e o Flores de Vidro são um casal.
E como um casal, um dá força para o outro crescer e melhorar seu conteúdo. Mais uma vez, obrigado, Camila!

Então, gostaria de desejar um feliz dia do trabalhador para alguém que trabalha duro para alcançar seus objetivos e, de quebra, ainda dá um empurrão para que outras pessoas também atinjam seus objetivos. Feliz dia do trabalhador, Jéssica Camila ♥