Gostaria eu de ter alguém com quem conversar
Alguém para compartilhar essa dor
Essa dor que faz minha artéria saltar
E que faz o orgão inicial entrar em tremor
A respiração falha, fica ofegante
O olhar congela em certa paisagem
"Seria esse um doce semblante
Ou apenas mais uma miragem?"
Vem correndo, de encontro a meu corpo
Delírios ultrapassam a barreira do som
E pensar que isso tudo pode nem existir...
Sua imagem linda encontra-me o olho
Sua voz esta em singelo e doce tom
Realmente ela existe... E comigo vai seguir!
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quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Soneto de Inocência
Ao atravessar a rua, aparece a praça
Aquela em que adoramos ficar
A mesma em que nos derramamos a taça
Ao nos agraciar com o olhar
Ambos se sentiam estranhos
Não sabiam exatamente o quê, então
Só sabiam que era diferente
E que gostavam da sensação
Pairando em devaneio e por que não saudade,
Caminharam de mãos dadas até o local
Sim... O local onde tinham vontade de ir
Era um lugar longe de qualquer maldade
Onde pássaros sussurravam ao tal
Ficaram a noite inteira se admirando até no sono cair
Aquela em que adoramos ficar
A mesma em que nos derramamos a taça
Ao nos agraciar com o olhar
Ambos se sentiam estranhos
Não sabiam exatamente o quê, então
Só sabiam que era diferente
E que gostavam da sensação
Pairando em devaneio e por que não saudade,
Caminharam de mãos dadas até o local
Sim... O local onde tinham vontade de ir
Era um lugar longe de qualquer maldade
Onde pássaros sussurravam ao tal
Ficaram a noite inteira se admirando até no sono cair
Soneto de Reflexão
Se por acaso algum conhecedor de sonetos e afins aparecer, já aviso que sou péssimo em métrica.
Às vezes a vida passa adiante
Rente aos nossos olhos
É quando nos assustamos de repente
E percebemos que estamos velhos
Em épocas passadas, diríamos que era besteira
Que tudo era devagar demais
Então, saíamos em festeiras...
São épocas que não voltarão jamais
E se nós, velhos, oferecemos cortesia
Somos logo mal vistos pelo público
Público a que estávamos antes
Ficamos, então, com forte azia
Querendo sair da selva urbana, ainda pudicos!
Sabemos então o que é envelhecer adiante
Às vezes a vida passa adiante
Rente aos nossos olhos
É quando nos assustamos de repente
E percebemos que estamos velhos
Em épocas passadas, diríamos que era besteira
Que tudo era devagar demais
Então, saíamos em festeiras...
São épocas que não voltarão jamais
E se nós, velhos, oferecemos cortesia
Somos logo mal vistos pelo público
Público a que estávamos antes
Ficamos, então, com forte azia
Querendo sair da selva urbana, ainda pudicos!
Sabemos então o que é envelhecer adiante
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