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quinta-feira, 22 de março de 2012

A Escolha do Herói, Capítulo 2 - Choque

            A noite seguia implacável, e estaria muito difícil de enxergar não fosse a fogueira improvisada perto da cabana. Andon estava desconfiado, pronto a sacar sua espada a qualquer instante. Não costumava confiar muito nas pessoas, com certa mania de perseguição.
            --- Moro em uma vila que fica aqui perto. --- iniciou Aron --- Sou um dos guerreiros de lá, mas também exerço a função de curandeiro. Alguns moradores estão com uma certa enfermidade, com manchas na pele. Não conheço essa doença, mas, eu tinha de fazer algo a respeito.
            --- Ainda não me explicou como me achou.
            --- E acho que ainda não entendeu também. Eu não lhe “achei”. Estava procurando por ervas, já disse! --- McGailor tinha o temperamento um pouco forte.
            --- Por ora aceitarei sua história. --- tirou a mão da espada e relaxou.
            --- Faça como quiser.
            --- Então vamos comer. Aquele javali já deve estar assado.
Cada um puxou sua respectiva coxa e comeram como se estivessem famintos há semanas. Andon ainda pegou uma terceira coxa para saciar totalmente a fome. Aron o observava quieto.
            --- Você não confia em ninguém, espadachim.
            --- Bem observado, arqueiro. Dificilmente não desconfio.
            --- Como você aprendeu a arte de Lashton? Por acaso estudou em Huntar?
            --- Huntar? A arte perdida de Lashton chegou a Huntar? Então, o traidor...
            --- Traidor?! Meu mestre era honrado e disciplinado. Treinou-nos com perseverança e rigorosidade.
            --- Se for quem penso, é um traidor sim. Mas, deixemos isso quieto, por ora.
            --- Agora sou eu quem quer respostas. Explique-me bem essa história de traidor.
            Andon encarou Aron, que o encarava de volta com uma expressão em um misto de curiosidade e raiva. Escolheu bem as palavras e iniciou.
            --- No templo em que treinei, havia um aluno mais experiente, o melhor de todos nós, chamado Guildo. É familiar para ti?
            Aron pareceu engolir as palavras do Herói a seco e com areia.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Ao Dia Nacional da Poesia

O que dizer de um pobre coitado
Que não vê o valor da arte
Na melancolia de seu sobrado?
A velhice esta a amar-te.


Pois este valor cobiçado
Talvez infame ou supremo
É demasiado extremo
Onde não se condena o culpado

Esta versátil forma escrita
Muitas vezes também cantada
Esta deveras enfraquecida
"Pois a arte não vale nada!"

Deixo então um apelo
Àqueles que ainda acreditam:
"Escrevamos com bastante apego
Essas palavras que ainda instigam"