Translate to your language

terça-feira, 22 de outubro de 2013

O Novo Mundo de Cronos [1]

28 de Dezembro de 1998
Cidade das Minas


Durante o crepúsculo do primeiro ano, quando tudo voltava a ser o que era, aconteceu algo surpreendente: surgiu uma entidade poderosa dizendo que iria mudar o mundo.

O aparecimento foi simplesmente estranho. Surgiu no meio da cidade, com palavras praticamente indecifráveis. Ficou ali, sentada, por alguns dias e repetindo as mesmas palavras.

Aos poucos, os seres vivos foram se aproximando e tentando entender um pouco das palavras. Não conseguiam se aproximar muito, pois a entidade transbordava uma aura que os mantinham afastados.

Não era uma entidade ruim. Mas, ao passar do tempo, as coisas em seu entorno começaram a envelhecer e desintegrar. Obviamente, aquela entidade não estava ali para trazer paz.

Então, ela se moveu.

Levantou-se e olhou em volta. Algumas pessoas ainda passavam por ali, curiosas. Pegavam seus celulares e tiravam fotos. Essas pessoas foram as primeiras vítimas.

Em um piscar de olhos, cinco pessoas sumiram. Simplesmente viraram pó.
Mas, inexplicavelmente, ninguém sentiu falta dessas pessoas.

Foi como se elas nunca tivessem existido.

E eu estou aqui, trazendo esse relato, correndo o risco de ser apagado da história. Por algum motivo, eu não fui afetado pela perda de memória coletiva. Eu me lembro de quem foi desintegrado. E acredito saber o motivo.

E é justamente por esse motivo que estou deixando essas anotações. Sinceramente, espero ter conseguido dar um jeito. Mas, caso eu não consiga, espero que seja útil par alguém e que essa entidade possa ser parada.

Eu entendi algumas palavras da entidade. Dizia "Novo Mundo".

sábado, 5 de outubro de 2013

Ixiena, a Intuitiva [5]

Ixiena [1]Ixiena [2]Ixiena [3], Ixiena [4]


- Como você está conversando comigo? – perguntou Ixiena ao pássaro.

- Através de telepatia. Você, assim como eu, não pertence a esse corpo, não é? – respondeu o pássaro com uma voz que ressoava diretamente na mente de Ixiena.

- É verdade. Meu corpo original foi destruído.

- Como você chegou até aqui?

- Acho que sou intuitiva... Ou talvez seja a percepção dessa cadela se misturando à minha capacidade de raciocínio.

- Será que... Não, não é possível.

- O quê? Aliás, quem é você e como sabe sobre mim?

- Você é da antiga aldeia dos homo animalis?

- Sou descendente deles. Como sabe disso? Quem é você?! – Ixiena começava a se exaltar. Então, começou a rosnar, como uma verdadeira cadela. Só havia uma pessoa no mudo que ainda poderia ter conhecimento de sua antiga aldeia.

- Eu visitei essa aldeia há muito tempo... Eu fui chamada de “Aquela Que Anda Só”.

Ixiena se arrepiou e soltou um grunhido. Então, olhou o pássaro nos olhos e uivou. Aquilo não podia ser real... Era ela!

Araia, a Indomável [5]



- O que ele está fazendo? – perguntou Araia ao ver um homem embriagado entrando no meio da briga. Ele estava mais atrás, perto do bar. – É um conhecido seu?

- Nunca o vi – respondeu o espadachim. – Mas parece estar ao nosso lado, apesar do estado embriagado. Prepare-se, Araia. Aí vêm eles.

- Já estou preparada.

Araia tinha sua espada em mãos, e mantinha a posição impecável, sem nenhuma abertura.

- Você, companheira canina, fique atrás. Lhe sou grata por me trazer até aqui. Aguarde e veja nossas espadas indomáveis em ação.

Assim, Araia e o espadachim avançaram com suas espadas, desferindo golpes perfeitos e derrotando os inimigos um a um.

Atrás da multidão, o homem embriagado pulara e começara uma confusão.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Egnar, o Justiceiro [5]

Egnar [1]Egnar [2]Egnar [3] ,Egnar [4]


- Então, vamos. Não morra, companheira – disse Egnar. Então, brandiu sua espada e avançou. – Ainda precisamos levar justiça a outro lugar.

- Sim, eu sei – respondeu a gladiadora. – Vamos voltar apenas com algumas feridas – e, virando-se para o cão, disse: - Obrigada por me salvar e por me guiar até aqui. Agora é minha vez. Fique atrás.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Yuusha, o Bêbado [5]

Yuusha [1]Yuusha [2]Yuusha [3] ,Yuusha [4]


Nadri levantou sua garrafa e a atirou em outro homem, enquanto Yuusha preparava-se para correr e pular.

- Já fiz minha parte, companheiro. Agora é com você – disse Nadri. Então, virou-se de costas e entrou no bar. – Boa sorte.

- Mas você é um filho da puta mesmo – respondeu Yuusha, indignado e bravo. – E logo quando estou embriagado. Bem, não faz mal. Obrigado.

Yuusha correu e deu um salta desengonçado, caindo bem no meio de cinco homens, que o olharam enfurecidos.

Enquanto isso, o espadachim enfurecido e a gladiadora partiam para o ataque.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Lihtana, a Solitária [5]



- Por que está aqui? – perguntou Lihtana através da telepatia.

- Eu estou presa a este animal – respondeu a cadela, também por telepatia. – Meu corpo original foi destruído enquanto eu passeava dentro desta cadela.

- Entendo. Mas você não respondeu minha pergunta. Por que está aqui?

- Provavelmente foram os sentidos aguçados da cadela se misturando aos meus que me fizeram chegar até aqui.

- Você... Espere. Você é... Não, não poderia.

- Desculpe?

- Você é da antiga aldeia dos homo animalis.

- Sou descendente deles. Como sabe?

- Eu sou Lihtana. Visitei sua aldeia quando vagava em minha solidão.

Então, a cadela se arrepiou e uivou.