Nós perseguimos mentiras mal contadas
Nós encaramos o caminho do tempo
E eu ainda luto
Eu ainda luto esta batalha totalmente sozinho...
Ninguém para chorar
E nenhum lugar para chamar de lar
Meu amor próprio foi violado
Minha privacidade foi invadida
E eu ainda encontro
Eu ainda encontro repetindo em minha cabeça:
"Se eu não posso ser eu mesmo
Eu me sentiria melhor morto"
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domingo, 24 de novembro de 2013
sábado, 23 de novembro de 2013
Onde o Tempo Nunca Passa
Peço que me deixe, oh sentimento vil
Where the time stands still
Aqui é o lugar onde tudo pode acontecer
Onde tudo pode se realizar
Aqui é o lugar onde tudo pode perecer
Onde tudo pode se desintegrar
Aqui é onde o tempo nunca passa
Mesmo que se passem horas a se pensar
Ou horas a se maltratar
O tempo simplesmente não não vai mudar
Estará ali, parado ao caminhar
Aqui é onde o tempo não tem tempo
Já que não há mudanças significantes
Ou mesmo descrenças minguantes
Por que não fazer disso uma vantagem
E aproveitar, então, a viagem?
Aqui é onde o tempo está além do tempo
O que pensaria o meu eu do passado
Observando o meu eu do presente
Ou mesmo o meu eu do futuro?
Qual dos três pode responder isso melhor?
Aqui é onde não há algo chamado "tempo"
A vida está passando inerte
Ávida, alheia à própria vida
Sem desejo que me compete
Estraçalhar minha própria sina
Peço novamente que me deixe, oh sentimento vil
(Preciso voltar àqueles que deixei
E pedir perdão a quem magoei)
Where the time stands still
(Preciso sair logo desta terra
Que cada vez mais me enterra)
Aqui é onde o tempo nunca passa
Where the time stands still
Aqui é o lugar onde tudo pode acontecer
Onde tudo pode se realizar
Aqui é o lugar onde tudo pode perecer
Onde tudo pode se desintegrar
Aqui é onde o tempo nunca passa
Mesmo que se passem horas a se pensar
Ou horas a se maltratar
O tempo simplesmente não não vai mudar
Estará ali, parado ao caminhar
Aqui é onde o tempo não tem tempo
Já que não há mudanças significantes
Ou mesmo descrenças minguantes
Por que não fazer disso uma vantagem
E aproveitar, então, a viagem?
Aqui é onde o tempo está além do tempo
O que pensaria o meu eu do passado
Observando o meu eu do presente
Ou mesmo o meu eu do futuro?
Qual dos três pode responder isso melhor?
Aqui é onde não há algo chamado "tempo"
A vida está passando inerte
Ávida, alheia à própria vida
Sem desejo que me compete
Estraçalhar minha própria sina
Peço novamente que me deixe, oh sentimento vil
(Preciso voltar àqueles que deixei
E pedir perdão a quem magoei)
Where the time stands still
(Preciso sair logo desta terra
Que cada vez mais me enterra)
Aqui é onde o tempo nunca passa
terça-feira, 19 de novembro de 2013
Já Morto
Sou aquele que caminha quando deveria estar deitado
Sou aquele que come quando deveria ter acabado
Sou aquele que respira quando deveria estar sufocado
Sou aquele que vive mas deveria estar morto
As coisas já não se encaixam mais
E nem funcionam como antes
O que deveria ser... simplesmente não é
E o que é... está longe do correto
Estou ruindo quando deveria estar crescendo
Estou desligando quando deveria estar atendendo
Estou morrendo quando deveria estar nascendo
Estou enfrentando quando deveria estar temendo
E agora, com tudo já estragado
Talvez seja a hora de simplesmente parar
Esquecer do que é estar vivo
Fazendo o vazio, novamente, culminar
Não sou quem deveria ser
Não vivo o que deveria viver
Não ando como deveria andar
Não mais respiro como deveria respirar
Sou aquele que come quando deveria ter acabado
Sou aquele que respira quando deveria estar sufocado
Sou aquele que vive mas deveria estar morto
As coisas já não se encaixam mais
E nem funcionam como antes
O que deveria ser... simplesmente não é
E o que é... está longe do correto
Estou ruindo quando deveria estar crescendo
Estou desligando quando deveria estar atendendo
Estou morrendo quando deveria estar nascendo
Estou enfrentando quando deveria estar temendo
E agora, com tudo já estragado
Talvez seja a hora de simplesmente parar
Esquecer do que é estar vivo
Fazendo o vazio, novamente, culminar
Não sou quem deveria ser
Não vivo o que deveria viver
Não ando como deveria andar
Não mais respiro como deveria respirar
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
O Novo Mundo de Cronos [15] - Final
01 de Junho de 1999
Cidade da Ponte Suspensa
Aconteceu o que eu temia: Cronos me descobriu.
Sinceramente, não sei como consegui chegar tão
longe.
Bem, eu tinha minha motivação pessoal, após tudo o
que eu tinha ter sido destruído.
Talvez ela quisesse que eu descobrisse e fizesse
relatos sobre ela.
Estou envelhecendo de maneira progressiva e temo não
viver por mais de um dia.
Cuidado.
A ânfora contém alguma substância que pode tanto
atrasar como acelerar o tempo.
Meu nome é Hendric, e espero que meus relatos ajudem
alguém... algum dia.
O Novo Mundo de Cronos [14]
05 de Abril de 1999
Cidade Distrital do Oeste
Novamente, Cronos parou no meio da cidade e começou
a meditar. Então, seguiu para onde o ancião morava.
E o processo foi o mesmo. Ela conversou com o ancião
e foi embora.
A ânfora parece estar cheia, agora.
Nenhum prédio foi destruído desde a Cidade do Sul.
Nenhuma pessoa foi desintegrada desde a Cidade do Leste.
O que diabos está acontecendo aqui?!
O Novo Mundo de Cronos [13]
23 de Março de 1999
Cidade Distrital do Leste
O ancião está morto! Ele está morto!
A entidade “apagou evidências”?
Mas, dessa vez, o povo da cidade se lembra...
O que está acontecendo aqui?
O Novo Mundo de Cronos [12]
22 de Março de 1999
Cidade Distrital do Leste
Como eu pensava, Cronos rumou para o norte da cidade
e encontrou mais um ancião.
Acredito que, agora, ela deva rumar para a Cidade do
Oeste.
Preciso conversar com esse ancião e saber o que está
acontecendo. Eu devia ter pensado nisso antes.
O Novo Mundo de Cronos [11]
20 de Março de 1999
Cidade Distrital do Leste
Por algum motivo, a entidade está sempre rumando às
cidades distritais.
Novamente, ela parou, dessa vez no exato meio da
cidade, e começou a meditar.
Acredito que, em alguns dias, ela vá procurar algum
ancião.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
O Novo Mundo de Cronos [10]
10 de Março de 1999
Cidade Distrital do Sul
A mesma situação se repetiu: a entidade ficou algum
tempo meditando, dessa vez cerca de dois dias e, então, foi à procura do ancião
da cidade.
Não entendo seus motivos.
A ânfora parece cheia de algo... O que será?
O Novo Mundo de Cronos [9]
06 de Março de 1999
Cidade Distrital do Sul
Chegamos à Cidade do Sul. Essa não é uma cidade
pacata. É relativamente grande, na verdade. Mas, por algum motivo, a cidade tem
uma aura aconchegante... Não há sinais do advento da tecnologia.
O Novo Mundo de Cronos [8]
20 de Fevereiro de 1999
Cidade Distrital do Norte
Após um dia parada, meditando, Cronos conversou com
um homem idoso, dito o ancião da cidade.
Não pude chegar mais perto para ouvir a conversa.
O Novo Mundo de Cronos [7]
18 de Fevereiro de 1999
Cidade Distrital do Norte
Cronos segue sua viagem até chegar à remota Cidade
do Norte. Ainda não compreendo o motivo de ela vir até esse lugar tão remoto e
pacato.
De todo modo, sinto-me cada vez mais cansado.
Percebo que ela carrega uma espécie de ânfora.
Simplesmente surgiu em suas mãos de uma hora para a outra.
Prédios e pessoas continuam a serem desintegrados.
O Novo Mundo de Cronos [6]
10 de Fevereiro de 1999
Cidade da Falange
Ela, Cronos, está idêntica a uma mulher.
Por algum motivo, sua aura que mantinha as pessoas
afastadas está diminuindo. Ainda não sei se ela está perdendo poder ou apenas
controlando.
Dessa vez, mais prédios foram desintegrados. Mais de
cem. E, por algum motivo, ela destruiu também um parque ecológico.
A perda de memória coletiva continua. Apenas eu não
sou afetado. Por quê?
O Novo Mundo de Cronos [5]
05 de Fevereiro de 1999
Cidade do Cairo
Cronos parece estar mudando. Está cada vez mais
parecido com um humano. E está cada vez se camuflando mais.
As pessoas não mais percebem a entidade. Ao menos
não como uma entidade.
Ela continua seguindo, calmamente, envelhecendo as
coisas à sua volta e fazendo-as desintegrar.
Sinto-me cansado. Acho que ela está me afetando.
O Novo Mundo de Cronos [4]
26 de Janeiro de 1999
Baguaçu
Pessoas estão sendo dizimadas novamente. E dessa vez
não são apenas pessoas aleatórias andando pelas ruas. Dessa vez, são famílias
inteiras.
Qual é o significado disso?
A entidade, que nomeei de Cronos, segue envelhecendo
tudo à sua volta até o momento da desintegração.
Parece enfurecida, de certo modo.
E começo a perceber algo: ela só tem esse
comportamento agressivo quando está em cidades grandes. Por isso ela estava
mais calma em Cidade Nova.
Estou começando a entender sua motivação.
O Novo Mundo de Cronos [3]
15 de Janeiro de 1999
Cidade Nova
Por algum motivo, a entidade parou na Cidade Nova e
começou a interagir com as pessoas. Ela parece estar aprendendo sobre nosso
idioma.
Ainda diz coisas indecifráveis e repete inúmeras
vezes “Novo Mundo” em sua língua.
Ela parece cada vez mais humana. Mas, de onde ela
surgiu? Como ela surgiu? E por que quer acabar com a humanidade?
As pessoas continuam sendo apagadas uma a uma. A
frequência e a quantidade diminuíram. A quantidade de construções desintegradas
também diminuiu. O que isso significa?
O Novo Mundo de Cronos [2]
03 de Janeiro de 1999
Cidade Nova
A devastação continua.
Pessoas pararam de se importar. Apenas veem a
entidade como se ela fosse uma de nós. Não, isso está errado. As pessoas não veem mais a entidade.
Enquanto isso, ela segue fazendo suas mudanças.
Prédios deixam de existir em um piscar de olhos. Ruas deixam de ser asfaltadas.
Ela andou pela Cidade das Minas e destruiu, ou
melhor, desintegrou todas as grandes construções. Desintegrou pessoas,
estraçalhou objetos, desintegrou animais domésticos.
Isso é uma guerra contra a humanidade. Será esse o
“Novo Mundo” o qual ela se referia? Um mundo com menos humanos?
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