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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Moving On

Não me importando com os sentimentos,
Estes que permaneceram guardados,
Venho ignorando as vontades,
Estas que estão à flor da pele.
Resta saber o que vou conseguir.

Ao longo do tempo, caminharei.
Ganharei morros, colinas e montanhas.
Andarei por todos os lugares e não cessarei.
Independente do estado climático,
Não vou parar.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Yuusha, o Bêbado [4]

Yuusha [1], Yuusha [2], Yuusha [3]


Yuusha e Nadri levantaram-se e foram sorrateiramente saindo pela porta do bar. Ficaram encostados à parede, observando os agora vinte homens que cercavam o enfurecido de antes e uma gladiadora.

- De onde veio aquela mulher? – perguntou Yuusha. – Parece que ela está com o nervosinho.

- É o que parece – respondeu Nadri.

- E eles estão em desvantagem. Vamos entrar agora?

- Claro.

Então, Yuusha arremessou a garrafa que tinha em mãos, acertando um dos homens. O homem, que tinha acabado de erguer ameaçadoramente uma espécie de facão, caiu prostrado com a cabeça empapada de sangue.

- Vinte contra dois, hein? – gritou Yuusha. – Meio desvantajoso... Será que não há espaço para mais dois entrarem nessa dança?

Ixiena, a Intuitiva [4]

Ixiena [1], Ixiena [2], Ixiena [3]


Ao anoitecer, Ixiena e a gladiadora chegaram a uma espécie de bar. Avistaram cerca de vinte homens parados à frente de um outro homem, que tinha uma espada em mãos.

A gladiadora, imediatamente, postou-se ao lado do homem com a espada e ambos conversaram algo que Ixiena ignorou. Ela tinha a atenção focada em outro lugar.

Logo no telhado, havia um pássaro que a estava encarando. “Ela é como eu”, pensou Ixiena.

Araia, a Indomável [4]

Araia [1], Araia [2], Araia [3]


Ambas deixaram o coliseu e rumaram ao deserto. Caminhou junto à cadela durante grande parte da noite, sem saber o motivo, até chegarem a uma espécie de bar.

Misteriosamente, nenhum guarda estava em seu encalço. E isso era muito estranho. “O coliseu foi explodido e vários gladiadores fugiram. Por que ninguém me seguiu?”, pensou Araia.

Havia um oásis logo atrás do bar, o que explicava como um estabelecimento funcionava ali. Araia viu seu companheiro, o espadachim, cercado  por vinte homens.

- Então você está viva... Isso é ótimo – disse o espadachim. – Agora, afaste-se.

- Também vou lutar – respondeu Araia. – Quem são eles?

Então sacou sua espada e ficou ao lado do guerreiro.

Lihtana, a Solitária [4]

Lihtana [1], Lihtana [2], Lihtana [3]


Agora, os vinte homens cercavam o jovem. A gladiadora foi para o lado do enfurecido e sacou sua espada. E Lihtana continuou ali, observando tudo.

Um dos homens levantou seu objeto cortante, mas caiu logo em seguida. Então, Lihtana ouviu uma voz que vinha logo abaixo dela, da entrada do bar. “Há espaço para mais dois nessa dança?”, dizia a voz.

A cadela, que permanecera quieta até o momento, olhou para cima e encontrou os olhos de pássaro-Lihtana, que se assustou por alguém tê-la percebido ali.

- Entendi – disse Lihtana através de telepatia para a cadela. – Você, assim como eu, apenas está usando a mente desse animal.

Egnar, o Justiceiro [4]

Egnar [1]Egnar [2]Egnar [3]


- Afastem-se – disse Egnar à gladiadora e ao cão. – Isso aqui vai ficar um pouco feio.

- Vamos lutar juntos, Egnar – respondeu a gladiadora. – Não cheguei aqui à toa. Quem são eles?

- Foram eles quem sabotaram o coliseu hoje.

- Agora sim que eu vou lutar mesmo – e, determinada, a gladiadora sacou sua espada e ficou ao lado de Egnar.

Então, os vinte homens ficaram  a postos para atacar. Quando o primeiro homem ameaçou levantar o facão, ouviu-se um barulho repentino de vidro se quebrando e o homem caiu com a cabeça sangrando, desmaiado.

- Vinte contra dois... Tem bastante gente. Será que há mais espaço para mais dois entrarem na dança?

A voz vinha de trás, da porta do bar. Havia um homem de média estatura e forte, aparentando embriaguez. Portava uma garrafa de vidro na mão e parecia estar sozinho.

domingo, 15 de setembro de 2013

Impulso

O céu, refletido em seus olhos,
Traz uma imagem perfeita
Que, enquanto eu ainda ver
Tenho certeza que a gente se ajeita.

Mesmo que não nos vejamos mais
Espero que continuemos nos falando.
Afinal, sua voz sempre me traz lembranças...
Mas ainda não sei de quando.

E, assim, por algum motivo,
Motivo esse que ainda desconheço,
No estado pensante eu permaneço
E esqueço que ainda vivo.

Então, por um impulso repentino
Bem repentino mesmo
Eu me volto contra o destino
Deixando a tristeza a esmo.

Ainda que não nos vejamos mais
E que não nos falemos mais
As lembranças continuam em minha mente
E minha alma arde, incandescente

Ainda que eu sinta saudades
E ache que isso é incurável
O mundo me lembra que é enorme
E minha vontade de seguir... É imparável

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

As Mortes de Gentil 02 (parte 1)

A segunda morte de Gentil se deu em uma época diferente dessa urbana, dessa de ilhas de calor. Deu-se em uma época onde ilhas ainda eram ilhas mesmo, um amontoado de terra cercado por água por todos os lados. Era uma época de guerras navais, entre piratas, entre nações, entre piratas e nações.

Piratas esses, saqueadores do mar. Havia uma tripulação que se chamava de Mercenários do Mar, que aceitavam serviços da nação que pagasse mais. Como eram muito competentes, eram sempre requisitados para as mais diversas tarefas, desde pescaria até encontrar um tesouro.

Eis que Gentil tripulava esse navio, com sua barba negra cerrada, bandana e tapa olho. Ainda não havia perdido nenhuma perna e nenhum braço.

O dia se seguia longo, no meio do mar, com ondas possantes levando o navio de um lado para o outro. Ninguém entendia muito bem o motivo, já que ainda havia sol e a maré estava baixa. Mal sabiam eles que estavam entrando no famoso Triângulo das Bermudas.

O Triângulo das Bermudas era uma zona com várias nuvens carregadas de eletricidade estática, gerando vários raios e um campo magnético forte. Bússolas perdiam o sentido do polo norte magnético e giravam sem parar. Tornavam-se totalmente inúteis.

Não havia muitos peixes devido ao clima instável. Tempestades caíam a todo momento, e o vento era sempre bastante forte. Parecia um local à parte do resto do mundo. Era temido e evitado, pois já haviam ocorrido vários acidentes, e os poucos navios que voltaram do local estavam em péssimo estado, com apenas um ou dois tripulantes para contar a história.

Lihtana, a Solitária [3]

Ao ver o homem enfurecido gritando dentro do bar, Lihtana apurou um pouco a audição do pássaro para tentar entender o que ele dizia. Entendeu poucas coisas como “chacina covarde” e “enfrentar sua sina”. Após essas últimas palavras, o homem enfurecido sacou sua espada e deixou o bar. Alguns minutos depois, cerca de dez homens se levantaram e saíram do bar.

Após essa cena, pássaro-Lihtana voou para a frente do bar, pousou no telhado e ficou observando a cena novamente. Agora, via o homem enfurecido e dez homens à sua frente, todos portando armas cortantes.

Logo atrás, chegavam uma dupla de uma gladiadora e uma cadela.

Chuva de Postagens

Por algum motivo que ainda desconheço, resolvi dar continuidade às minhas histórias aqui no blog.
Então, ontem eu organizei a curta história das "manhãs"; postei o terceiro capítulo de Yuusha, o bêbado; postei a primeira parte do capítulo 5 de A Escolha do Herói; e a sexta parte de Nasce Uma Nova História.
Mas, isso foi uma casualidade.
Ainda estou com problemas para continuar A Escolha do Herói, e com alguns bloqueios em Nasce Uma Nova História. Então, não vou postar sobre isso tão cedo.
Mais tarde, postarei mais um capítulo de Lihtana e, provavelmente, de As Mortes de Gentil.
Apesar de alguns bloqueios, resolvi retomar esses projetos e acabá-los. Estou caminhando lentamente, mas não estou parado.
Obrigado a quem ainda lê isso aqui.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A Escolha do Herói, capítulo 5 - Templo

Perdeu o capítulo anterior? Não se lembra? Acompanhe!
Capítulo 4, Céu (parte 1)Capítulo 4, Céu (parte 2)Capítulo 4, Céu (parte 3)Capítulo 4, Céu (parte 4)Capítulo 4, Céu (parte 5)

            O cavalo escolhido por Andon era marrom com manchas pretas, e aparentava ter um olhar diferente, selvagem. Parecia um mestiço da raça dos corcéis com alguma outra espécie.
            Aron e Andon levavam alguns mantimentos como água, pães e carne seca. Era importante levar comida que não estragasse rapidamente pois a viagem duraria dias. Levavam, também, dois cobertores.
            Aron estava com seu arco pendurado às costas, juntamente com a aljava. Andon estava com suas duas espadas, a katana em sua cintura e Hiorutana às costas.
            Pegaram seus cavalos e finalmente deixaram a vila Arqueária. Foram em direção à Floresta Densa, onde seria mais fácil atravessar o Rio Carpa. O problema começaria depois. Gastaria-se tempo demais seguindo o curso do rio até perto do Lago Akira, mas atravessar os Campos Dourados era perigoso demais para um início de viagem. Por fim, decidiram seguir o rio, contornar o Lago Akira e atravessar o Rio Novo, ao sul.
            Passou-se um dia cavalgando à margem do rio. Por estarem perto da floresta, ainda poderiam caçar e reabastecer a água. Montaram acampamento, utilizando os cobertores ao redor de uma fogueira. Os cavalos foram amarrados perto do rio, para que pudessem beber água e comer o capim que ali crescia abundante.

Nasce Uma Nova História 06

Perdeu os capítulos antigos? Não se lembra? Acompanhe antes de continuar lendo!
NUNH 01NUNH 02NUNH 03NUNH 04NUNH 05


            –– Mamãe, por que aquela garotinha está nos encarando?
            –– Mas, não tem garotinha nenhuma aqui, minha filha. Só nós duas.
            –– Tem sim, mamãe. Olha ela ali, ao lado da janela! Ela parece assustada.
            –– O que você está dizendo, Joane?
            –– Ela está ali olhando pra gente, mamãe. Ela está me assustando também.
            –– Ai meu Deus. Vou chamar um médico agora.
            “Mamãe acha que estou vendo coisas. Mas, tem mesmo uma menina ali.”
            –– Você pode me ver, não é? Me ajude – e a menina foi andando para perto de Joane.
            Joane levantou-se do sofá da sala e saiu correndo para seu quarto. Estava com medo demais para ouvir o que a menina ou qualquer outra pessoa tinha a dizer. Escondeu-se debaixo do edredom e ficou ali, tremendo.
            –– Achei você, garota. Não vai me ajudar?!
            Joane acordou em uma das camas da enfermaria, pálida e gaguejando.
            –– Joane. Você me assustou!
            –– M-m-márcio... – e estendeu a mão aleatoriamente para cima, tentando tocar alguma coisa.
            –– Estou aqui, mocinha. – disse Márcio, segurando a mão de Joane. – Estou aqui.
            –– Pensei que f-fosse morrer. Tive um pesadelo p-péssimo.
            –– Se lembrar de pesadelos não é bom. Tente esquecê-lo por ora. Você precisa descansar um pouco. Vou chamar Alana.
            –– Não. Fique mais um p-pouco, p-por favor. F-fique segurando minha mão.
            –– Está bem.

            Após cinco minutos, Joane adormecera novamente, com a feição calma e delicada de volta ao rosto. Então Márcio a soltou e foi procurar Alana. Onde diabos ela estava que não vira a confusão?

As manhãs

Apenas para organizar essas postagens.

A primeira manhã

A segunda manhã

A terceira manhã

A quarta manhã

A quinta manhã

Yuusha, o Bêbado [3]

Após os homens saírem do bar, Yuusha deu de ombros e resolveu beber mais alguns goles de qualquer bebida que estivesse ali. Mas algo o incomodara. Sentia a presença de mais pessoas além daqueles dez do bar. E não era uma presença boa.

- Nadri, tem algo errado. Vamos lá fora.

Yuusha e Nadri saíram do bar sorrateiramente e ficaram estacados logo à portas, observando o movimento.
De repente, apareceram mais homens com a tal presença ruim e cercaram o enfurecido. Havia mais alguém logo atrás, mas não soube distinguir.

- Vamos dar uma mãozinha? – perguntou Nadri.


- Vamos. Onde está sua garrafa?

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Egnar, o Justiceiro [3]

Após encarar os dez homens trajando roupas escuras, Egnar novamente empunhou a espada e gritou:

- Quem mandou vocês?

Os homens sorriram, um após o outro. Sacaram facões tão grandes quanto uma espada e fizeram menção de atacar, quando um latido os deteve.

Egnar olhou para trás e viu duas figuras bastante exóticas para a paisagem desértica: uma gladiadora tremendo de frio e um cão.

- Então, você ainda está viva... Isso é ótimo – suspirou e virou-se novamente para os homens. – Vocês não vão escapar.

De súbito, surgiram mais dez homens de roupas escuras. Vieram pelas laterais do bar e sacaram seus facões.


- O que dizia, heroizinho? – debochou um dos homens.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Ixiena, a Intuitiva [3]

Após sair do coliseu com a gladiadora, Ixiena rumou ao deserto. Por algum motivo, que ainda desconhecia, sabia que devia ir para o deserto. Não sabia o que procurava lá. Mas, assim que encontrasse, saberia.

Então, puxou a gladiadora que portava apenas uma espada, e foram em direção ao deserto. Já anoitecia, e o deserto começava a esfriar. A gladiadora sentiu frio e não tinha com o que se proteger da ventania incessante.

Ambas começaram a andar mais rápido para chegar logo, onde quer que fosse.

A quinta manhã

Os dias se passaram desde que o Protagonista e a Feiticeira Rósea se despediram.
- Ficar sozinho é uma merda - dizia o Protagonista enquanto viajava. - Por quanto tempo ainda terei de esperar?

E assim se passaram os dias do Protagonista.
Apesar de não ter parado no tempo e não ter parado de fazer suas coisas, viveu toda a sua vida à espera da Feiticeira Rósea, que havia morrido de uma doença incurável.
Ela falecera chamando pelo nome do Protagonista e desejando que estivesse bem.

domingo, 1 de setembro de 2013

Araia, a Indomável [3]

Araia, sentiu que havia algo errado. Aquela era uma noite espetacular, onde aconteceriam grandes lutas. Sendo assim, o coliseu deveria estar cheio. Mas, não estava.

Iniciou a luta normalmente, com seus golpes possantes com a espada e com o escudo. Era uma gladiadora formidável. Uma das melhores.

Um cão, mais especificamente uma cadela, pulou da arquibancada e veio ao seu encontro. Araia ficou observando a cadela por alguns instantes e, então, percebeu que o plano havia falhado. Puxando-lhe com uma mordida, a cadela a levou para uma das saídas da arena.

Araia só teve tempo de dizer “fuja” ao outro gladiador. E então as bombas explodiram antes da hora certa.

A quarta manhã

Passaram-se dois dias desde que o Protagonista se encontrara com a Feiticeira Rósea.
Nesse meio tempo, eles foram até a casa da Feiticeira para tomarem banho e ter refeições decentes.
- Bem, é hora de partir. Há lugares que preciso ir.
- Quer uma carona, Feiticeira?
- Passar mais tempo com você, Protagonista, fará com que eu perca o foco. Ainda há coisas que preciso fazer antes de poder me aquietar e viver a vida perfeita que você me proporcionaria.
- Entendo... Então, acho que isso é um adeus... por ora.
Deixando a casa, ambos se beijaram e seguiram caminhos diferentes.