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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Sutil Nome Completo

Já que estou aqui, olhando para você
É meu dever lhe dizer:
Sinto muito por ter me atrasado.
Sei que estava me esperando há um tempo.
Igualmente, também estive esperando.
Com vontade de ter você...
Aqui estou, então, bem à sua frente. Por quê?
Caramba... é difícil de entender?
Ah... talvez seja um pouco difícil.
Mesmo quando meu coração grita.
Impossível você não perceber! Nossa!
Lá, diante daquela colina, está nosso lar!
Anda! Segure minha mão e vamos!
Do que está falando?
Está pensando em ficar?
Ora ora, mocinha...
Logo agora? Estamos tão perto...
Indiretamente perto...
Vamos... não desista.
Eu não vou deixar você desistir.
Inverno... Sim, está chegando.
Rápido, vamos lá antes que o inverno nos alcance.
Ainda quero poder lhe abraçar e lhe aconchegar.
Gostou do nosso novo lar?
Ou nem percebeu que já chegamos?
Não... você estava de olhos fechados.
Calou-se há pouco, mas aqui está.
Aqui estamos nós, juntos.
Lindo, não? Ao menos é aconchegante.
Venha me abraçar mais... está frio.
E eu quero lhe abraçar também.
Sim... o tempo passou rápido e ainda lhe amo o mesmo tanto.

Sem Título - Estela

Eu quis ficar com a melhor parte...

Essa parte me acalma,

Me faz ver o quão importante é minha alma.
Aquele momento em que você olha pro nada,
E por um segundo percebe que, tudo ainda é muito pouco
É de tirar o fôlego
Quantas vezes estive assim?
Não foi o suficiente.
Mas será sempre o que predomina na minha mente.
Por um segundo estive perto,
Onde você não queria estar.
Sabe-se lá o que você pensa,
O importante é minha recompensa.
Eu vou olhar pro nada de novo,
E ver que ainda fiz muito pouco...

Estela Ferreira dos Santos

domingo, 28 de abril de 2013

Rock Fênix - Augusto

Já não aguento mais
Ver fotos de idiotas
Estampadas nos jornais

Vamos limpar o mundo
De retardados desmiolados
De música sem cultura

Estamos cansados
De grupos com passinhos mal ensaiados
De carnaval e
De natal

Queremos rock,
Rock de verdade
Barulho e liberdade

Queremos rock,
Rock de verdade
Barulho e liberdade

Que o rock renasça das cinzas
E esquente nossos corações
Ainda em brasas

Augusto César Nunes de Paula. 16/02/2008

Dos mais antigos #9 - Laços

Está quase acabando...





Queria lhe pedir desculpas sinceras
Por ter feito essas linhas curtas
Mas, garanto que são linhas esmeras
Feitas por uma verdadeira luta

Tudo o que me desperta
É a alegria de viver
É saber que lá fora
Há pessoas como você

Você diz que tem poder da mente
Fico querendo também ter
Mas, na cabeça mesmo só tenho um pente
Agarrado de tanto meu cabelo crescer

Outra vez, peço-lhe desculpas
Demorei-me tanto nesses versos
Que não cresceram como pupas
E ficaram que nem qualquer treco

O que posso lhe garantir
É que são de coração
E que, também, nunca vou partir
Sem antes lhe mandar um beijão!

Laços de uma amizade verdadeira são eternos
Ainda que haja distância, não importa
Realmente, não importa a quilometragem
Aonde você estiver, estarei também em espírito

Dos mais antigos #8 - Pensando em Você

Ok, se por acaso achar mais, vou tentar terminar essa "série" chata na postagem de número 10 dela!





Eu te amo muito, muito mesmo.
Você mandou minha tristeza para longe...
Você é a felicidade que veio num cerco.
Abundante como a concentração de um monge...

O tempo frio esquenta
E o calor em mim, aumenta...
Você clareia minha mente
Que antes era insana, inconsequente...

Somos duas pessoas diferentes
De lugares distantes
Foram implantadas sementes
Em nossos íntimos restantes

Dessas sementes, cresceram trepadeiras
Cresceram em nosso corpo e alma
Essas palavras todas são apenas maneiras
De parecer culto, no silêncio da calma...

Nasci, cresci, e aprendi
Na verdade, ainda estou aprendendo
Como me ligar seriamente a ti
E assim, continuar crescendo

Aqui, neste último verso
Guardo uma despedida
No meio da multidão, me disperso
Apenas a fim de encontrar a saída.

Dos mais antigos #7 - Perto do Coração

Sim, achei um "baú de tesouros" de coisas antigas.
Não sei julgar se são boas... Mas, são parte de mim.




Viajando há muito estou
Em um lugar bonitão
Essa viagem é interna
É perto do coração

Você é minha guia
Faz parte de minha realização
Você está como sempre
Muito perto do coração

Estou aqui tentando pensar
Em como sair dessa solidão
Mas, você sempre me aquece
Tão perto do coração

Dos mais antigos #6 - Prelúdio

Parece que aquele não era o último... haha
Distúrbios de uma mente de 16 anos. Nem eu entendo mais o porquê de ter escrito isso rs
Pelo menos foi bem escrito.



Sinto como se o mundo desabasse
Sob meus pés
Sinto como se tudo que eu construí
Fora sem fé
Sinto como se estivesse morrendo
Com um vazio aqui dentro

Faz-me uma falta imensa
Não estar junto
De ti nesse momento
Tenso de imprensa
Onde me enterram
Sob o cimento
Frio e duro

Certamente, não mais viverei
Para comprovar aquela tese
Em que os corpos flutuam
(mesmo que apenas na mente)
Na realização que merece
A companhia do crente
Em seus sonhos que cultuam
Um mundo sem violência

Obviamente que escrevo
Essas linhas
Por meio de códigos
Estranhos de serem
Compreendidos
Obviamente que pelejo
Com essas linhas
Que são prólogos
De um conto em que nascem
Sujeitos desinibidos

Tudo bem
Quando anjos e serpentes
Dançam
É do Além
Onde Ele tem crentes
Que O alcançam

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Edição Especial - 100ª Postagem

Sim, chegaram a 100 as postagens desse blog que some e volta, de tempos em tempos...
Como é a centésima postagem, pensei em fazer algo especial. De início, queria escrever uma história de um livro que tenho, sobre mitologia chinesa. Mas, seria considerado plágio eu simplesmente copiar a história aqui, né? Mesmo com fontes e tals, eu teria de pedir permissão ao autor. Como não tenho contato com o tal, abandonei a ideia.
Então, recentemente eu descobri meu baú do tesouro: A Batalha de Everymore. Sim, essa velha história que comecei a escrever na sexta série e parei em meados da oitava série. Então, essa será a postagem número 100: Os Manuscritos Antigos da Batalha de Everymore.
E sim, essa história tem ligação direta com A Escolha do Herói.


Blaze, Klaus e Rayclano, o fantástico trio de Ishkah City está voltando à vida... SIM, meus amigos... é tempo!
É tempo de reviver as façanhas de Blaze e sua espada de fogo.
É tempo de reviver as lutas intensas de Klaus e sua armadura de metal negro.
É tempo de reviver as surpresas de Rayclano e suas diversas magias!

Acompanhem a história que reúne magia, luta, amor e amizade em "A Batalha de Everymore"!

Os Manuscritos Antigos de Everymore: o início

"       Há muito tempo atrás... Em uma terra distante... Batalhas sangrentas entre o bem e o mal aconteciam. Do Lado do Bem, vários seres mitológicos combatiam o mal. Do Lado do Mal, outros seres mitológicos espalhavam o mal. Destacaram-se três jovens guerreiros do bem: Blaze, Klaus e Rayclano. Cada um possuía um tipo de arcanjo, chamado Jekyll. Cada Jekyll tinha seu próprio poder. O Jekyll de Blaze tinha o poder de fazer com que a espada de Blaze virasse uma espada luminosa, mais poderosa que as demais espadas, e aumentar a velocidade e a força em 25%. O Jekyll de Klaus tinha o poder de fazer com que ele virasse uma armadura de um metal inquebrável e aumentar a força e a velocidade em 13%. O Jekyll de Rayclano tinha o poder de fazer com que ele ganhasse poder de magias como lançar fogo, raio, água, fazer terremotos, etc.
       Cada Lado tem seu próprio líder, os chamados Mais Poderosos, um do Bem e outro do Mal. Vamos chamá-los de Chefões.
       A Cidade do Bem se chama Ishkah City. A Cidade do Mal se chama Hakhsi Ytic. Everymore é a cidade proibida, não que seja proibida de verdade, é que lá estão concentrados os monstros mais poderosos do mundo e ninguém se atreveria a ir lá.
       Bunfa é o dinheiro usado nesses tempos."

E assim começou a história desses três destemidos guerreiros em sua luta contra o mal.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

A Escolha do Herói, Capítulo 4 - Céu (continuação 1)


            --- Você é cheio de mistérios, Espadachim. Anteriormente, você falava sobre sua origem. Gostaria de continuar a história?
            --- Talvez uma outra hora, caro Arqueiro.
            --- Parece que nossa viagem se atrasará... A propósito, para onde você estava indo antes de nos encontrarmos?
            --- Estou indo ao Deserto Rubro. Como não pretendo passar pelos Campos Dourados e enfrentar os lobos de vallad, vou passar pelo Rio Largo até Huntar. De lá, seguirei para o norte até chegar ao deserto. Mas não posso dizer meus motivos.
            --- Bem, já me é o bastante. Já que vamos viajar juntos, precisamos confiar um no outro.
            --- Apenas por isso eu te contei. Mas, não confio em muitos. E tu não és um desses poucos... ainda.
            --- Entendo. Você é mesmo desconfiado. Bem, por ora, o que devemos fazer? Parece que ambos temos pressa, mas a situação atual requer certa atenção.
            --- Sim, é o que parece. Vou conversar com Viena e tentar descobrir mais detalhes.
            --- Avise-me assim que estiver tudo pronto. Vou visitar alguns companheiros e seguirei para minha casa.
            --- Certo.
            Aron e Andon deixaram a casa de Opal e seguiram seus rumos. Andon estava indo em direção à entrada da vila e encontrou Viena encostada em um muro, com sua faca em mãos.
            --- Parece que tu também não consegues esquecer o passado.
            --- Andon! Oh, isso... --- Viena guardou a faca rapidamente. --- Estava apenas a pensar. Encontrar-te aqui não deve ser coincidência.
            --- Decerto que não.
            --- Então, realmente voltaste para destruir o último dos Gangnar...
            --- Sabes que é meu dever. Não posso fugir disso.
            Viena, até então, cabisbaixa, levantou o semblante, balançando seus cabelos vermelho-sangue. Seus lábios se retraíam.
            --- Não acredito que vim de tão longe para resolver um mistério e acabo encontrando outro... Quando vais partir, Herói?
            --- Dei minha palavra de que ajudaria a resolver esse problema da invasão à vila. Mas, parece que não é esse o caso. Então, devo partir em breve.
            --- Por acaso, não gostarias de reencontrar teu primeiro mentor? Certamente ouviu o que eu disse há pouco tempo.
            --- Sim... Seria interessante ver como ele tem passado. Duvido que ele esteja precisando de ajuda, mas confesso que esta oportunidade é tentadora.
            Viena sorriu de leve, sem deixar que Andon percebesse.
            --- Então, o que achas de juntarmos nossas espadas novamente?
            --- Receio não poder acompanhar-te dessa vez. Corro contra o tempo. O despertar do último de Gangnar está próximo.
            --- Isso é uma pena --- Viena voltou a abaixar o rosto.
            --- Bem, mande lembranças minhas ao velho.          
            --- Certamente. Caminhe em segurança debaixo deste céu tão azul.
            --- Corra veloz corajosamente debaixo deste céu tão azul.
            Andon virou-se e foi embora, encontrar com Opal. Viena novamente levantou sua cabeça, olhos marejados, e observou o Herói ir.

A Escolha do Herói, Capítulo 4 - Céu


--- Mas, essa é Viena! O que a traz aqui? --- Andon exclamou, surpreso por rever uma conhecida naquelas terras.
            --- Andon, o Herói? Sou eu quem pergunta o que tu fazes aqui. Estás muito longe de casa.
            --- Ambos sabemos que não...
            --- Bem, acho que merecemos algumas explicações --- Opal interveio, começando a perder a paciência com aquele clima de serenidade à beira de uma invasão.
            --- Desculpem-me. Irei me apresentar. Sou Viena, das terras do Vale de Libéria. Nós recebemos uma mensagem vinda dessa área, e viemos checar.
            --- Sou Opal, chefe da vila Arqueária. Ao que parece, você veio com um pequeno exército. O que querem nesta vila?
            --- Como disse, recebemos uma mensagem por essa área e viemos checar. Como deve ser de teu conhecimento, nosso vale é bastante longe e há muito viajamos sem descansar de modo decente.
            --- Então, procuram por abrigo. Bem, preciso saber de mais detalhes. Como deve ser de seu conhecimento, Arqueária é uma vila pacífica e neutra.
            --- Sim, entendo. Não posso te dar muitos detalhes. Mesmo porque nós mesmos não temos muitos detalhes. A mensagem nos chegou codificada, e conseguimos traduzir apenas a metade.
            --- Pois conte-nos o que dizia essa metade traduzida. Entre.
            Os quatro entraram à casa de Opal e se acomodaram no salão de visitas.
            --- Era um pedido de socorro de alguém que fora bastante importante para a criação e prosperidade do vale. --- Viena começou a contar a história, ainda receosa.
            --- Devo presumir que foi uma mensagem de Blaze, o guerreiro de fogo? --- adivinhou Opal. Os outros três expectadores o olharam com espanto. --- Não sou o chefe dessa vila à toa. Tenho várias fontes.
            --- Bem... sim. Temo que tenha sido uma mensagem de Blaze. Mas, como o senhor sabia?
            --- Bem --- Opal coçou o cavanhaque. Sua pele branca realçava a cor de seu cabelo ainda negro e sua barba grisalha. --- Agora sou eu quem não pode dar muitos detalhes. Mas, já que se trata de Blaze, eu lhes dou permissão.
            Olhando para Aron, Opal deixou o aposento, seguido por Viena.
            Opal avisou a um aldeão para que liberassem a entrada do exército forasteiro e, em seguida, dirigiu-se à estalagem.
            Ela fora ao encontro de seus homens, dar as boas notícias.

A Escolha do Herói, Capítulo 3 - Viagem (continuação 2)


            --- O que está dizendo, Grande Chefe?!
            --- Eu já conhecia a arte perdida de Lashton há um tempo, e sabia o porquê de ser considerada “perdida”. Ela só era ensinada no Templo de Lashton, e somente a algumas pessoas. Somente o mestre pode ensinar... E há uma outra verdade que, acredito, Andon também deva desconhecer.
            --- Uma verdade? Sobre o que estás a falar, Grande Chefe? --- Andon adiantou-se ao ouvir seu nome.
            --- O segredo para se tornar o próximo mestre. O discípulo deve enfrentar seu mestre... e vencer. Mas, apenas um deixa a batalha. Entendem o que estou a dizer?
            --- Isso faz muito sentido... Mas Guildo não era páreo para mestre Hontai. Matando-o através de outra arte não o tornaria o próximo mestre --- Andon refletia, falando mais consigo mesmo do que com os demais.
            --- Então, mestre Guildo não é exatamente um traidor, certo? --- Aron tentava apoiar-se nisso.
            --- Não, McGailor... Definitivamente, ele é um traidor. Ele matou mestre Hontai utilizando de técnicas sujas. Em um combate corpo-a-corpo desarmado, Guildo portava um punhal. Ele jogou fora sua honra em nome da vingança.
            --- ...
            Opal, com seus 65 anos de experiência, assistia à discussão dos dois com ar de compreensão. Por fim, tomou a palavra.
            --- Parece que ambos têm esclarecimentos pendentes com Guildo. Sugiro que se arrumem e partam logo. A propósito, vocês sabem onde ele está no exato momento?
            --- Sim... Tenho fontes confiáveis que me apontam a cidade de Huntar como o local onde Guildo está vivendo. Estamos indo para lá.
            --- Entendo. E você, por acaso, já tem transporte?
            --- McGailor disse que emprestar-me-ia um cavalo para que pudéssemos ir mais rápido.
            --- Pois eu lhes empresto, ao invés de cavalos, camelos. Vocês terão de atravessar o Deserto Rubro, não é?
            --- Não exatamente. Eu pretendia seguir pelo leito do Rio Largo, fazer uma parada na Cidade Média e, depois, seguir caminho pelo Campo Aberto até chegar a Huntar.
            --- Parece que você tem algum conhecimento, Andon. De onde você é? Se não se importa que eu pergunte.
            --- Não há problemas. Venho do antigo reino de...
            Um aldeão entra à casa do chefe correndo e interrompe a conversa. Todos o olham, atônitos. Recuperando o fôlego, começou uma série de sinais com as mãos.
            --- “Invasão” --- disse McGailor. --- Alguém está invadindo Arqueária. Grande Chefe!
            --- Sim, eu entendi. Vamos.
            --- Eu também vou --- Andon assomara-se ao grupo.
            --- Mas esse é um assunto da vila. E fui eu quem lhe arrastou até aqui.
            --- Se não pudermos resolver isso o quanto antes, nossa viagem será atrasada em muito. Agora, vamos!
            --- Os quatro saíram da casa e se depararam com vários arqueiros da vila a postos, esperando as ordens de Opal.
            --- Não ataquem ainda. Pelo que parece, alguém está vindo nos dar explicações.
            Uma mulher alta e ruiva estava indo em direção ao grupo. Tinha uma espada em sua cintura e uma faca presa um pouco mais à cima.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Canção Pirata

"Riquezas nos aguardam no oceano
que nunca mais será como antes,
regadas a muito rum, mulheres
e uma bela canção.

Que temam nossas espadas oscilantes.
Que nos subestimem então...
Porque somos piratas
e o mar é o nosso chão."

Canção Pirata de Ônix Pedra-Negra e Capitão Hawk. (William Morais)

Eu tiraria a parte de "mulheres" porque não preciso de mais alguém além da minha incrível maga ♥

domingo, 21 de abril de 2013

Imparável

Em minha mente obscura, nem mesmo o mais azedo ínfimo poderia ter força o suficiente para estragar o sentimento puro de meu mais doce íntimo.

Talvez, com belas palavras como essas, consigamos algum resultado perante à apatia alheia. Ou à própria apatia.

Já nem sei mais contra quem estou lutando... contra o que estou lutando... ou mesmo se ainda estou lutando.

Apenas sei que ainda estou de pé. Perdido ou decidido, não sei. Mas, meus membros inferiores estão em posição e exercendo força para que eu me mantenha erguido.

Talvez eu abandone minha espada... Já não tem mais sentido matar mais pessoas. Já não tem mais sentido seguir em frente... Já não tem mais sentido...

Mas, espere. Essa espada foi me dada por alguém... especial. Alguém a quem devo proteger a vontade.

É isso. É por isso que ainda estou de pé. Talvez seja a hora de sacar novamente minha espada. Não... definitivamente é a hora de sacar minha espada. Não mais vacilarei.

Estou sozinho. Estou de pé.
Tenho força e tenho vontade. Tenho a minha vontade e tenho a vontade dela.
Isso é esperança.

Vou seguir.
Estou convencido de minhas palavras. Mesmo no mais ínfimo de minha mente obscura, não há força o suficiente para macular o mais puro sentimento de meu coração.

Frases - Ônix Pedra-Negra

"Não existe certo ou errado: existem apenas as escolhas e suas consequências." - Ônix Pedra-Negra (William Morais)

sábado, 20 de abril de 2013

Dos mais antigos #5 - Meu Amor

Acho que esse é o último que escrevi há muito tempo e nem me lembrava mais...


O Sol nasceu
Meu amor cresceu
O Sol se pôs
Meu amor se dispôs

A Lua veio
Meu amor em devaneio
A Lua se reteve
Meu amor se manteve

O Leste é bonito
Meu amor é infinito
O Leste é longe
E meu amor? Está onde?

O Ártico é branco
Meu amor em um flanco
O Ártico é grande
E meu amor, gigante...

Dos mais antigos #4

Esses aqui são apenas versos soltos, mas que remontam ao meu passado.

O primeiro:

A vida é uma coisa doce
Que dá prazer de se viver
Na primeira vez que lhe vi
Meu amor se fez nascer


E o segundo:

As ondas se quebram nas pedras
As pedras cortam o mar
A minha maior afeição
Para sempre será lhe amar

Dos mais antigos #3 - Quando me lembro de você

Ahhh, este é tão clássico quanto Obscuro. Mas, não é triste como... Felizmente eu não escrevia apenas depressões.

Quando me lembro de você
Eu até fico mudo
Pois, logo penso em você
Como tudo de bom que há no mundo

Quando me lembro de você
Eu até canto
Por isso, eu sempre digo:
--- Eu te amo!

Quando me lembro de você
Eu penso: Te amo, te amei e te amarei
Pois, amor tão forte assim,
Dele nunca me esquecerei

Penso em minha vida
Penso em meu viver
Penso nas coisas boas
Quando me lembro de você

Dos mais antigos #2 - Por que fostes embora?

Pensei que tinha perdido essas poesias aqui, mas, enquanto arrumava o meu quarto hoje, encontrei mais algumas.
É triste lembrar que fui tão depressivo, mas, fez parte de mim... Mais triste ainda é saber que eu tinha só 12 anos e já era depressivo assim o.O
Felizmente não sou assim mais... Dá até medo.


Por que fostes embora?

Por que tu viajaste?
Por que tu me abandonaste?
Tu és o meu sentido de vida
Mas, tu me abandonaste
E agora eu estou a padecer
Em meio à desgraça do mundo
Em meio às maldades do homem
Tu és a minha Lua
Tu iluminas meu caminho
Quando estou em meio à escuridão
Tu iluminas meu caminho
Então, por que viajastes para tão longe?
Tu me abandonaste... me largastes na mais profunda escuridão
Na mais profunda tristeza
Na mais profunda solidão
Então, volto a te perguntar
Por que viajastes para tão longe de mim?
Por que tu me abandonaste?
Tu és a minha alegria quando estou triste
Tu és o meu melhor ouvinte quando eu preciso
Tu és o meu melhor amigo
Então, por que tu viajaste sem dar satisfação?
Por que tu me abandonaste?
Por que tu viajaste?
Por que fostes embora?

Frases - Antoine de Saint-Exupéry

"A vida nos ensinou que o amor não consiste em olhar nos olhos um do outro, mas olhar juntos na mesma direção." - Antoine de Saint-Exupéry

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Boku no Sekai - O mundo em mim

Em mim habita um mundo o qual passam várias pessoas todos os dias, mas poucas eu deixo permanecer... e outras poucas desejam ficar.
Nesse mundo, habita um soberano que é arrogante, ciumento (ainda que diga o contrário), possessivo, temperamental, inconveniente, nervoso e que precisa de atenção.
Mas, também habita um soberano que tenta ser humilde, que tenta respeitar as relações das demais pessoas, que deixa livre para ir e vir, que tem paciência, que é compreensivo e que é sensível (ao ponto de se machucar facilmente, beirando a inocência).
Sim, há dois soberanos que tentam governar esse solar-geminiano. Talvez sejam as duas facetas de Gêmeos. Facilmente se desentendem e acabam cedendo poder demais ao outro... Assim, o mundo fica um pouco desequilibrado. Mas logo tentam conversar e chegar a um consenso, re-estabelecendo o equilíbrio.

Há imagens por toda a parte, das mais variadas formas e paisagens, desde imagens simples até complexas e impressionantes.
Palavras dançam a todo o momento junto com o ar; e as nuvens têm formas de notas musicais.
Músicas de vários tipos tocam em cada canto desse mundo, e cada pessoa que o habita tem liberdade para escolher um lugar e se estabelecer por lá.
Há comida e bebida para os mais variados gostos, desde comida vegana até churrasco; desde tortas salgadas até tortas doces; desde água até whisky.
Os locais de entretenimento são variados também: têm shoppings, cinemas, praças, parques ecológicos, bibliotecas.

Convido muitos para fazerem parte desse mundo, mas poucos gostarão e menos ainda terão paciência para permanecer... Alguns gostarão apenas de visitar esporadicamente... Outros preferirão nem voltar. Mas, acredito que há aqueles que gostam de permanecer, mesmo com toda a confusão.
Agradeço a todos pela atenção. Mas, agradeço especialmente a esses que permanecem, mesmo sabendo dos grandes defeitos desse mundo. O mundo permanece de pé graças a seus moradores... O que é um reino sem seu povoado?

Frases - Jaguar D. Saul

"Ninguém vem a este mundo para ficar sozinho." - Jaguar D. Saul (Eiichiro Oda)

Mundos diferentes

Trilhamos caminhos distintos ao passear por aí nessa coisa chamada "vida". É inevitável comparar, ter medo de recorrências ruins... Mas, nem tudo é igual.
Estamos caminhando para lugares não antes caminhados. Digo isso porque não podemos prever o futuro (ainda). Não podendo prever o futuro, todo e qualquer passo é incerto. E é justamente por isso que é emocionante: desbravar terras desconhecidas, sem medo de falhar.
"São pessoas diferentes, caminhando por lugares diferentes, vindas de locais diferentes... e tentando convergir para o mesmo destino: a união."
Entender as pessoas é difícil... Nunca se sabe o que a outra pessoa está pensando. Nessa hora, há uma certa comunicação que permite que seres humanos consigam se entender mesmo não falando a mesma língua, mesmo não sendo dos mesmos lugares, mesmo tendo vivido vidas opostas.
Não sei definir o que, exatamente, é essa linguagem. Eu apenas sei que ela existe, e está em cada ser humano vivente nesse planeta. Algo como uma "consciência coletiva" latente...
Nem sempre funciona... Por isso há os desentendimentos. E pessoas se desentendem com frequência... até mesmo com quem nos é muito próximo.
No entanto, acredito que, com muito esforço, mesmo pessoas que se desentendem podem se entender... Talvez combinando um sinal de truco, ou reparando melhor nos gostos... Talvez apenas observando, ou perguntando para ter certeza...
Quero poder olhar nos olhos das pessoas e dizer "eu estou lhe compreendendo".
Quero poder olhar para você, anja, e saber o que devo fazer para nos entendermos.

Que Lugh nos ilumine com sua sabedoria, e que Tyr aqueça nossos corações com coragem.
Que Afrodite nos ensine melhor o amor, e que Gaia nos ensine a proteger.
Que a Mãe nos abençoe.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Anime no Omatsuri - Anime Festival


Acordou em mais um dia comum... Bem, talvez nem tão comum, pois era um dia depois de seu aniversário. Seu inferno astral enfim acabara. E hoje era dia de festival. O tão esperado festival... Hoje daria tudo certo em seu dia.
E não fez por menos. Acordou alegre, mas já se preparava para a discussão que teria com sua mãe. Sua mãe, apesar de amiga e protetora, não gostava que a filha fosse a esse festival... Mas, ela estava determinada a ir, e não seria a crença de sua mãe que a faria desistir.
Chegada a hora, trancou-se em seu quarto e arrumou-se depressa. Teria de fazer tudo antes que sua mãe pudesse falar algo. Saiu “à francesa” e, quando já estava no portão, gritou “Tchau, mãe!” e correu para o ponto de ônibus. Sim, sua aventura estava começando!
O festival estava lindo como nos outros anos... As decorações eram divertidas e criativas, as apresentações musicais estavam muito boas, e as barraquinhas tinham muitos artigos interessantes... Só era uma pena estar sozinha, sem ninguém para compartilhar suas opiniões...
--- Hey, você pode me ajudar a comprar um presente para minha namorada?
--- Como???
--- Então... Estou com dificuldade para comprar algo para minha namorada... e você parece uma pessoa mais “normal” do que as que estão aqui... rs.
--- Claro. Ajudo!
Um grupo de amigos a abordara. Depois de ajudar um dos amigos a comprar o presente, estes a convidaram para andar com eles. Oba, companhia!
Curtiram o festival juntos. Mais ao final do festival, um dos amigos do grupo, um que não tinha conversado muito com ela, a chamou para conversar e, surpresa: pediu a ela um beijo.
--- Hmm... Ok!
Eles se beijaram uma vez... e depois, mais uma vez. Então, se despediram. Se encontrariam de novo?

...

Final de tarde. Ele se arrumava para ir à faculdade. Mais um dia chato na faculdade. Mas, precisava ir. Arrumou-se lentamente, sem absolutamente nenhuma pressa, saiu e pegou seu ônibus.
Sentado na janela, ele via a paisagem passando rapidamente, sem percebê-la. Sua mente estava em outro lugar. Estava no festival que ocorreu há dois dias, lembrando-se da música, das barraquinhas, da farra com os amigos... e dela. Sim. Ele estava se lembrando, principalmente, da garota que conhecera no festival.
Fora algo inesperado. Durante o festival, um de seus amigos estava a procura de um presente para a namorada. Então, ele sugeriu que procurassem alguma garota “normal” (pois a maioria das pessoas estavam fantasiadas) para pedir ajuda. E foi o que fizeram. Acharam uma garotinha sentada em um cantinho e a pediram ajuda.
Conversaram pouco, mas ele percebeu que a garota era legal... Tinha bom gosto musical, além de gostar do mesmo tipo de festival que ele. Ele nunca havia conhecido uma garota assim. E ela parecia estar solteira...
Ao final do festival, ele pediu um beijo a ela e ela aceitou. Quando, no mundo, ele conseguiu algo assim?! Mais do que normal ficar se lembrando da cena e desejando que acontecesse de novo... Talvez devesse ligar para ela... Burro! Ele não pegou o telefone dela! E agora?
Pensou mais um pouco e se decepcionou. Perdera uma grande chance... Sabe-se lá se a encontraria de novo.
Enquanto estava perdido em pensamentos, quase chegando à faculdade, seu celular tocou uma vez, sinalizando o recebimento de uma mensagem de texto. Puxou o celular do bolso, resmungando por lhe tirar de seus pensamentos e se perguntando quem era. Logo abriu um sorriso um pouco confuso. Era ela.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

A Escolha do Herói, Capítulo 3 - Viagem (continuação 1)


            Como Aron tinha pressa, os dois seguiram para a taverna da vila para que pudessem comer e beber rapidamente. Dentro da taverna, sentaram-se próximos à bancada e fizeram seus pedidos. O Herói se serviu de uma dose de whisky e um pedaço grande de carne de boi; enquanto Aron pediu um copo de gaseificante (uma espécie de bebida doce que continua uma certa quantidade de gás, fruto da fermentação) e um prato de carne cozida com ervas. Era época de farta caça, então esses pratos estavam razoavelmente baratos.
            --- Gostei de sua vila, McGailor. Arqueária... Realmente acolhedora.
            --- Sim, com toda certeza. Eu amo minha vila. Bem, vamos indo.
            Pagaram e saíram da taverna, seguindo para a casa de Aron. Era um casebre não muito longe da taverna. Tinha espaço o suficiente para duas pessoas viver apesar de não haver mais ninguém ali. Tinha dois andares. Na parte de baixo, ficavam a cozinha, o banheiro e uma área livre com alguns bancos de madeira e ornamentos nas paredes, própria para receber visitas.
            Enquanto Andon esperava na área de visitas, McGailor subiu até seu quarto para pegar algumas coisas necessárias para a viagem. Encheu sua aljava com flechas ponta-de-urso (flechas com a ponta mais fina e feitas de um mineral mais duro, melhor para caça de ursos). Desceu as escadas e encontrou Andon sentado em um dos bancos.
            --- Pensei que você fosse sair por aí, olhando a casa.
            --- Não faria isso sem sua permissão, McGailor. Não é de meu feitio.
            --- Entendo. Desculpe a precipitação ao lhe julgar, espadachim.
            --- Não se preocupe. Está pronto? --- Andon levantara-se do banco.
            --- Vamos.
         Deixaram a casa de Aron e foram em direção à casa do chefe da vila. Aron, como um dos curandeiros da vila, deveria prestar contas caso se ausentasse por muito tempo.
            --- Saudações, Grande Chefe Opal. Venho lhe comunicar uma viagem demorada.
            --- Saudações, Aron. Aonde vai e por qual motivo?
            --- Em minha última viagem para colher ervas, conheci este espadachim, que me contou uma história... Fiquei bastante intrigado --- McGailor olhou para Andon, sinalizando para que se apresentasse.
            --- Saudações, Grande Chefe. Andon é o nome que me foi dado. Lhe contarei a mesma história, caso seja de seu interesse.
            --- Por favor, Andon. Conte-me o que tanto intriga Aron McGailor.
            Andon começou a contar a história, falando de suas vivências até a saída de Guildo. Opal escutava a história com atenção. Após ouvi-la toda, acendeu um cigarro e deu um trago.
            --- Sinceramente, eu já esperava por isso...

domingo, 14 de abril de 2013

O Conto de Kaspar, o Imparável


Kaspar, o Imparável, ouvira uma história sobre uma princesa amaldiçoada a ficar presa em um calabouço na terra mais ao sul. Atentado pela aventura e por não saber o que estava por vir, Kaspar colocou seu arco e suas flechas nas costas, embainhou a espada em sua cintura e começou sua viagem.

Passando pela floresta, encontrou alguns lírios dourados e resolveu leva-los. Dizia-se que lírios dourados eram raros e, por isso, levam boa sorte a quem as vir.

Vencida a floresta, chegou à cidade próxima ao calabouço. Entrou no primeiro saloon, bebeu água e, obviamente, também pediu um copo do elixir dos deuses: hidromel.

Seguiu viagem até chegar ao calabouço, que era situado em uma caverna. Por incrível que pareça, não havia nenhum dragão épico guardando o calabouço. Apenas uma gaiola inquebrável.

Kaspar tentou quebra-la de todos os jeitos... Desferiu golpes com sua espada contra a cela e nada... Lançou várias flechas e nada. Apedrejou e nada...

Enquanto ele tentava, o tempo foi passando e ele foi envelhecendo. Todos os dias ele voltava para tentar quebrar a cela. Aos poucos, ele foi desistindo de quebrar a cela e voltava apenas para fazer companhia à princesa.

Em um certo dia, ele voltou à cela e disse que não voltaria mais. Mas, não desistiria. Viajaria pelo mundo procurando uma solução para abrir a cela.

Ao sair do calabouço, ele se lembrou dos lírios dourados e voltou para dá-los à princesa, como lembrança. Saindo novamente, um terremoto aconteceu subitamente e o chão se abriu sob seus pés. Seus últimos pensamentos foram: “espero que os lírios deem esperança e sorte a ela.”

Pouco tempo depois, após o abalo sísmico, a jaula se soltou e os lírios finalmente murcharam. A princesa saiu do calabouço e continuou a esperar pela volta de Kaspar. Os dois apenas se encontraram novamente na próxima encarnação.

Moral: faça tudo o que você puder fazer de bom grado. Sempre valerá a pena, mesmo que demore uma vida.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

A Escolha do Herói, Capítulo 3 - Viagem

Então, galera. Finalmente escolhi um nome para essa história. Então, o que antes era chamado de "Livro sem Título", agora foi atualizado para "A Escolha do Herói". Fiquem, agora, com o capítulo 3.




            Huntar era uma cidade bastante rústica, porém influente. Era uma das poucas cidades onde o classicismo foi preservado, com construções antigas, costumes e até mesmo vestimentas. Era influente justamente pelo conservadorismo: a maioria dos cidadãos tinha conhecimento em algum tipo de combate. Herança dos tempos da Grande Guerra.
            A arte marcial mais nova na cidade era a arte de Lashton, trazida por Guildo. Abrigava, em sua maioria, órfãos e desabrigados da própria cidade e da cidade vizinha, dizimada na Guerra.
            Klaus era um dos homens mais respeitados de Huntar. Há tempos, quando lutou lado a lado com Blaze e Rayclano na guerra entre Ishkah City e Hakhsi Ytic, conseguira juntar os povos de ambas as cidades, em paz. Assim, ajudou na fundação de Huntar.
            Estava andando pela cidade ao amanhecer quando encontrou Guildo.
            --- Bom dia, Sr. Klaus! Fazendo sua caminhada costumeira?
            --- Bom dia, Guildo. Hoje estou apenas indo fazer meus preparativos para a viagem.
            --- Ah, sim. Hoje é o dia de visitar Blaze. Boa viagem e cuidado.
            --- Obrigado. Tenha um bom dia, Prodígio.
            Guildo recebera de Klaus a alcunha de Prodígio, assim que chegara à cidade. Os dois travaram uma batalha onde Klaus saíra vencedor. Após vários anos, mesmo com a idade avançada, sua armadura de metal negro continuava implacável. E, agora, com tanta experiência, tornara-se um adversário dificílimo. Mesmo assim, Guildo o enfrentou com garra.
            Na arte marcial de Lashton, eram ensinados todos os pontos vitais e não vitais, o tanto de força necessária para aplicar um golpe letal ou apenas lesivo. Lutar contra alguém treinado nessa arte era algo formidável. Mas, a experiência de mais de vinte anos de guerra falaram mais alto. No final, o prodígio Guildo não fora páreo para o experiente Klaus.
...

            A noite passou-se tranquila. Ao amanhecer, Andon e Aron foram buscar comida. O cavalo de Aron parecia um pouco impaciente, então tiveram de levá-lo junto. Não demorou muito e conseguiram dois coelhos.
            --- Ainda não consigo acreditar. Muita coisa mudou de ontem para hoje. Seria esse o destino? --- Aron falava, mais para si mesmo do que para outra pessoa.
            --- Nós fazemos nossos próprios destinos, Arqueiro. Vamos comer logo essas lebres e partir. Você poderia me conceder um cavalo em sua vila?
            --- Não acredito... Preciso encontrá-lo logo.
            --- Aron. Estás a me escutar?
            --- Sim? Desculpe. Perdi-me em meus pensamentos por um instante.
            --- Percebi. Então, poderás me conceder um cavalo?
            --- Ah sim, sim... Claro. Vamos comer e voltar à minha vila então.
            Algum tempo depois, os viajantes se encaminhavam para a vila de Aron, que ficava a um dia de caminhada dali, seguindo o caminho de baixo da floresta onde estavam.
            Para economizar tempo, ambos montaram o cavalo de Aron e seguiram por cerca de 9 horas, parando para beber água e comer. Enfim chegaram à vila. Era chamada de Vila Arqueária, e abrigava um centro de arqueiros. Era uma vila com costumes indígenas que misturava a simplicidade e o respeito à natureza dos antigos índios com algumas tecnologias da atualidade.
            Ao chegar, foram recebidos pelo filho mais velho do chefe da vila.
            --- Bem vindo de volta, McGailor. Quem é o estranho? --- não era um jovem muito amigável, e exibia um certo ar de superioridade por ser filho do chefe.
            --- É um espadachim que encontrei enquanto fui buscar as ervas. Nós iremos fazer uma viagem até Huntar.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

A Escolha do Herói, Capítulo 2 - Choque (continuação)

            --- Nosso mestre, Hontai, treinava-nos arduamente todos os dias, mas Guildo sempre se saía melhor que o resto de nós. Era mais experiente, já treinava a arte há cinco ou seis anos, enquanto a maioria de nós estava no primeiro ou, no máximo, no segundo ano. Ele estava lá ainda porque almejava a posição de mestre.
            O arqueiro foi escutando a história sentindo um nervosismo inexplicável. Como um espadachim desconhecido, que não era daquelas bandas, conhecia tanto sobre seu mestre? Ainda mais se tratando de uma arte marcial considerada secreta.
            --- Então, o dia tão esperado chegou. Guildo desafiou mestre Hontai, mas perdeu. Hontai havia treinado com o último descendente da linhagem direta do fundador. Não tinha como Guildo vencer com tão pouco tempo. Revoltado, desertou do templo e jurou vingança. Sinceramente, não sei vingança do quê. Mas, ele realmente voltou. Depois de dois anos, ele voltou ao templo e desafiou Hontai novamente, dessa vez o vencendo. Nesses dois anos, treinou por vários lugares, desenvolvendo um estilo mais assassino e sujo.
            --- Não consigo acreditar no que ouço. Essa história não pode ser verdade!
            --- Por isso disse para deixar essa história quieta.
            --- Você só pode estar mentindo, forasteiro! --- McGailor sentia a tristeza de quem perdera um pai.
            --- Também gostaria de estar, mas não estou. Éramos relativamente amigos, e sempre percebi um lado sombrio em Guildo. Tentei aconselhá-lo várias vezes, mas, ele não me ouvia.
            --- ...
            --- Melhor encerrar essa história. Acho que ficará melhor esclarecida quando você perguntar a seu próprio “mestre”.
            --- Assim que eu recolher as ervas e voltar ao vilarejo, você vem comigo a Huntar.
            --- Eu o quê? --- Andon não gostava de receber ordens.
            --- Por favor. Preciso saber! Foi ele quem me acolheu depois de uma longa e exaustiva viagem das terras Lésticas.
            --- A sua sorte é que meu rumo passa por Huntar. E ainda posso aprender um pouco sobre ervas.
            --- Áspero e desconfiado, para variar. Mas, obrigado por aceitar.    
            Cansado da luta e da conversa, Aron apagou o fogo, deixando apenas a brasa para que se aquecessem. Partiu a pele de javali e deu uma parte a Andon. Trouxe o cavalo para perto da brasa para que não passasse frio durante a noite. O céu estava limpo, estrelado, e a lua estava mais branca que o normal. Alguns raios conseguiam ultrapassar a densidade da floresta e chegar ao solo, em formato de pequenos feixes brancos.
            A noite passou-se tranquila, com alguns lobos uivando ao longe e corujas sempre à espreita, atentas a tudo.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Inversão - Soneto Inverso

Pontos antípodas tentando se juntar.
É o que somos... extremos anulantes
Tentando ficar no mesmo lugar

É o que começo a perceber.
Apesar de ser meu desejo,
Insistir nisso vai doer

Mas, não me importo.
Estou vivo e fazendo o que quero.
Enquanto permanecer desse jeito
Cuidarei de tudo com esmero

Mesmo que nos machuquemos
E mesmo que nos desentendamos
Farei de tudo para que fiquemos
De mãos dadas enquanto caminhamos

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Acróstico

Cá entre nós...
Aonde quer que eu vá,
Manterei minha alegria.
Irei com um sorriso no rosto.
Lá estarei feliz pois sei
Aonde meu coração gostará de voltar.


Te amo muito, minha anja ♥