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domingo, 5 de janeiro de 2014

Apenas um Vento Estranho

Distante, parecendo perdido em seu próprio mundo, Tenma observava o vale do topo da Colina Azul, uma das formações da cadeia montanhosa que compunha o local. Sentia a brisa trazer-lhe informações sobre o mundo que se expandia à sua frente.

Desde criança, Tenma escutava sobre o mundo utilizando seu dom único, batizado de A Voz do Vento. Assim, podia conversar livremente com os espíritos do vento, sem precisar fazer um contrato como as demais pessoas.

Tenma, o Filho do Vento, viva apenas com suas irmãs. Uma delas, a mais nova, saíra de casa há alguns dias, sem dizer para onde ia ou quando voltava. E era ali, no topo da colina, que ele buscava informações sobre o paradeiro de sua irmã.

Logo pela manhã, uma certa brisa contou a Tenma que sua irmã havia caminhado dois dias inteiros sem qualquer descanso. Consequentemente, ao final do segundo dia, ela caíra desmaiada à porta de uma pequena cabana ao final de uma floresta.

"Então, ela está bem", pensou Tenma. "Já que conseguiu abrigo, não preciso me preocupar. Afinal, ela já está crescida".

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